Saúde mental e produtividade: como a gestão psicossocial redefine o ambiente empresarial
Agenor Santana
05/08/2025 20h27 - Atualizado há 6 horas
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Por Silvia Rezende** A gestão psicossocial no ambiente empresarial tem se consolidado como uma estratégia indispensável para promover o bem-estar psicológico e social dos colaboradores, garantindo um equilíbrio entre saúde mental e produtividade. Em um cenário onde os transtornos mentais, como ansiedade e depressão, lideram os afastamentos no Brasil, com mais de 470 mil casos registrados em 2024, torna-se evidente a necessidade de ações efetivas para mitigar os impactos negativos no ambiente corporativo. Entre os principais fatores psicossociais que afetam os trabalhadores estão o estresse, o assédio moral e a pressão excessiva. Esses elementos não apenas comprometem a saúde mental, mas também influenciam diretamente a produtividade e a qualidade de vida dos colaboradores. Para enfrentar esses desafios, empresas têm investido em treinamentos para líderes, suporte psicológico e monitoramento contínuo do clima organizacional. A saúde mental no trabalho também ganha destaque por meio de programas internos voltados para transtornos como burnout, ansiedade e depressão. Ferramentas como pesquisas de clima organizacional e indicadores de bem-estar têm sido utilizadas para avaliar e monitorar a saúde mental dos colaboradores, permitindo intervenções mais precisas e eficazes. Além disso, a criação de uma cultura organizacional saudável é essencial. Isso inclui o incentivo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o respeito mútuo e a inclusão. Lideranças capacitadas para lidar com questões psicossociais e promover uma comunicação aberta e empática são fundamentais para consolidar um ambiente de trabalho mais harmonioso. No Brasil, a atualização da NR-1 exige que as empresas identifiquem e gerenciem riscos psicossociais, reforçando a importância de ações preventivas para evitar adoecimentos mentais no trabalho. Entre as estratégias práticas, destacam-se o oferecimento de apoio psicológico, atividades de relaxamento, práticas como mindfulness e a flexibilização do trabalho, como horários alternativos ou trabalho remoto. Essa abordagem integral não apenas reduz absenteísmo e turnover, mas também fortalece a produtividade organizacional, ao valorizar o bem-estar como prioridade. Em um mundo corporativo cada vez mais competitivo, investir na gestão psicossocial é investir no sucesso sustentável das empresas e na qualidade de vida dos colaboradores. **Silvia Rezende é graduada em Pedagogia e Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Silvia possui especialização em Terapia Comportamental Cognitiva em saúde mental pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Ela é a coordenadora técnica da Clínica de Psicologia LARES e professora do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Silvia atua também como psicóloga colaboradora no IPQ HC FMUSP e no Programa de Psiquiatria Social e Cultural (PROSOL), um grupo do Instituto de Psiquiatria da FMUSP. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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