Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose: atenção aos sinais e riscos da doença silenciosa
Cirurgião vascular André Américo alerta para a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados preventivos em uma condição que pode levar a complicações graves
SARAH MONTEIRO
08/09/2025 13h35 - Atualizado há 7 horas
Divulgação
A trombose é uma das condições vasculares mais comuns e, ao mesmo tempo, mais perigosas quando não diagnosticada a tempo. Caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos no interior das veias, principalmente das pernas, a doença pode levar a complicações graves, como a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo se desloca e atinge os pulmões. No Brasil, o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, celebrado em 16 de setembro, reforça a necessidade de conscientização sobre sintomas e prevenção. De acordo com o cirurgião vascular Dr. André Américo, natural de São Paulo e especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a atenção aos sinais é fundamental. “Os principais sintomas da trombose venosa profunda incluem dor, inchaço e vermelhidão nas pernas. Muitas vezes, o paciente confunde com um simples desconforto muscular e demora a procurar ajuda, o que aumenta os riscos”, explica. Entre os fatores de risco estão o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o uso de anticoncepcionais e terapias hormonais, além de cirurgias recentes e longos períodos de imobilidade, como em viagens aéreas prolongadas. “É uma doença multifatorial. Ter histórico familiar de trombose também aumenta consideravelmente a predisposição”, destaca o médico, que atualmente é coordenador da Cirurgia Vascular do Hospital Maria Braido, em São Caetano do Sul, e também atua no sistema privado no Hospital Beneficência Portuguesa de Santo André. A prevenção passa principalmente por mudanças de estilo de vida. Manter-se ativo, hidratar-se adequadamente e evitar longos períodos sentado ou em pé são medidas simples que reduzem o risco. Para pacientes com maior vulnerabilidade, como aqueles que passaram por cirurgias ou que apresentam doenças crônicas, a atenção deve ser redobrada. “Existem protocolos de prevenção hospitalar que envolvem desde o uso de meias de compressão até medicamentos anticoagulantes, quando indicados. Esses cuidados são decisivos para evitar complicações”, afirma o especialista. Além da prática clínica, Dr. André Américo tem se dedicado à produção científica em angiologia, cirurgia vascular e oncologia, reforçando a importância de unir conhecimento acadêmico à atuação assistencial. “A trombose ainda é subdiagnosticada no Brasil. Quanto mais falarmos sobre o tema e capacitarmos equipes médicas e pacientes para reconhecer os sinais, mais vidas poderão ser salvas”, ressalta. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
SARAH MONTEIRO DE CARVALHO
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