Reação ao contraste em exames: o que é, quais os riscos e como identificar alergias
Especialista explica como funcionam as substâncias utilizadas em exames de imagem, os sinais de alerta para reações alérgicas e os cuidados para prevenir casos graves de anafilaxia
SARAH MONTEIRO
08/09/2025 13h32 - Atualizado há 9 horas
Divulgação
A recente notícia da morte de uma jovem após reação ao contraste utilizado em um exame reacendeu o alerta sobre a segurança dessas substâncias. O contraste é um composto químico usado para melhorar a visualização de órgãos, vasos sanguíneos e tecidos durante exames de imagem, como tomografias e ressonâncias. Embora seja considerado seguro para a grande maioria das pessoas, pode, em casos raros, provocar reações adversas graves. Segundo a Dra. Brianna Nicoletti, médica alergista e imunologista, é fundamental que a população entenda o que está em jogo. “Os contrastes iodados ou à base de gadolínio são amplamente utilizados e, na maior parte das vezes, não causam complicações. Porém, em indivíduos predispostos, podem desencadear desde reações leves, como coceira e urticária, até quadros de anafilaxia, que colocam a vida em risco”, explica. O que é a anafilaxia? A anafilaxia é a reação alérgica mais grave que existe. Ela ocorre quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a uma substância, liberando mediadores químicos que podem provocar queda brusca da pressão arterial, inchaço das vias aéreas e dificuldade para respirar. “É uma emergência médica. Se não houver atendimento imediato, pode levar à morte em poucos minutos”, alerta a especialista. Como saber se sou alérgico ao contraste? Infelizmente, não existe um exame único que consiga prever com total certeza se uma pessoa terá uma reação. O histórico clínico é o ponto de partida. Pacientes com alergias prévias, asma descontrolada ou reações a medicamentos devem sempre informar o médico antes de realizar exames contrastados. Em alguns casos, testes específicos podem ser indicados, assim como a pré-medicação com antialérgicos ou corticoides. “É essencial que os pacientes conversem com a equipe de saúde e relatem qualquer antecedente de alergia. Isso pode fazer a diferença entre um exame seguro e um risco evitável”, orienta a Dra. Brianna. Prevenção e cuidados Hospitais e clínicas devem estar preparados para lidar com emergências alérgicas, com equipe treinada e medicações de pronto-uso, como a adrenalina. Além disso, a escolha do tipo de contraste e a decisão de utilizá-lo ou não deve sempre considerar o risco individual do paciente. Mais atenção à saúde alérgica Para a especialista, casos como o recente ganham repercussão porque chamam a atenção para algo que ainda é pouco discutido. “A alergia medicamentosa e a reação a contrastes precisam ser levadas a sério. Informação, prevenção e preparo das equipes de saúde são as nossas maiores armas para evitar tragédias”, reforça. Embora raro, o risco existe. Por isso, a orientação é clara: todo paciente deve estar atento ao seu histórico de saúde e conversar com o médico antes de procedimentos com contraste. Afinal, quando o assunto é anafilaxia, a rapidez no diagnóstico e no tratamento pode salvar vidas. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
SARAH MONTEIRO DE CARVALHO
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