Agosto Verde Claro: alerta nacional contra a Leishmaniose, doença silenciosa que ameaça pets e humanos

Campanha chama atenção para a prevenção e diagnóstico precoce da Leishmaniose, que avança em diversas regiões do País

DANIELA NUCCI
06/08/2025 18h28 - Atualizado há 3 horas

Agosto Verde Claro: alerta nacional contra a Leishmaniose, doença silenciosa que ameaça pets e humanos
Divulgação

O mês de agosto traz um importante alerta para a saúde pública: a campanha Agosto Verde Claro convida toda a população a se conscientizar sobre os riscos da Leishmaniose, uma zoonose grave que afeta animais e humanos, e cujo avanço tem sido registrado em todo o Brasil — especialmente em regiões do interior de estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia.

Transmitida pela picada do mosquito-palha, a doença pode se manifestar em cães e humanos de forma silenciosa e agressiva. No caso dos pets, os sintomas vão desde feridas na pele e emagrecimento até problemas renais graves. Já nos humanos, a forma visceral é a mais perigosa, podendo provocar febre irregular, aumento do fígado e do baço, anemia e risco de morte se não for tratada a tempo.

“A Leishmaniose é uma das zoonoses mais preocupantes da atualidade. A população ainda desconhece os riscos reais da doença e a importância da prevenção. Por isso, o Agosto Verde Claro é uma oportunidade essencial para levar informação de qualidade às pessoas”, destaca Francis Flosi, médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, referência nacional na formação de especialistas em Medicina Veterinária.

Expansão geográfica e riscos urbanos

Tradicionalmente associada a áreas rurais, a Leishmaniose tem avançado rapidamente para áreas urbanas, em parte devido ao desmatamento, urbanização desordenada e circulação de pessoas e animais entre regiões endêmicas e não endêmicas.

“A mudança no perfil geográfico da doença é alarmante. Rodovias como a Marechal Rondon, por exemplo, têm funcionado como eixos de disseminação. Animais infectados transitam entre cidades, favorecendo a propagação do parasita. É um problema que ultrapassa os limites da Medicina Veterinária e exige atuação integrada entre poder público, profissionais de saúde e sociedade civil”, reforça Francis Flosi.

Prevenção: responsabilidade compartilhada

Algumas medidas simples ajudam a reduzir significativamente o risco de contágio:

● Manter quintais e terrenos limpos, sem acúmulo de folhas ou matéria orgânica;

● Utilizar coleiras repelentes em cães, sob orientação de um veterinário;

● Evitar passeios em áreas de mata ou locais úmidos ao entardecer;

● Proteger janelas e portas com telas finas para evitar a entrada do mosquito;

● Realizar exames periódicos em pets, mesmo sem sintomas visíveis.

Em humanos, o tratamento da Leishmaniose é oferecido gratuitamente pelo SUS. Já para cães, embora a doença não tenha cura definitiva, há protocolos que permitem controle clínico e qualidade de vida, desde que realizados com acompanhamento veterinário.

Um compromisso com a vida

Durante todo o mês de agosto, a campanha Agosto Verde Claro busca conscientizar tutores, profissionais da saúde e autoridades sobre a gravidade da Leishmaniose e a urgência de ações preventivas.

“Proteger os animais é também proteger os humanos. É hora de olhar com mais seriedade para essa zoonose e entender que a informação pode salvar vidas”, conclui Francis Flosi.

 


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
DANIELA CHINIARA NUCCI
[email protected]


Notícias Relacionadas »