Radiologista tem papel fundamental no diagnóstico do câncer de mama

Divulgação / Clinica Imax

Todo diagnóstico de câncer de mama depende de um médico radiologista: é ele quem conecta ginecologista, mastologista e oncologista. Mesmo com mamógrafos de última geração e inteligência artificial, é no olhar treinado do especialista que uma alteração de 1 ou 2 milímetros pode ser interpretada como suspeita. Especialidade que se torna ainda mais relevante com o reconhecimento e anúncio do Ministério da Saúde, em ofertar mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos no SUS.

Além da checagem anual através da mamografia, quando uma mulher desconfia de algo na mama, o primeiro passo costuma ser procurar o ginecologista. Se há suspeita ou confirmação, segue-se o mastologista e depois o oncologista. Mas é justamente o radiologista quem faz a ponte entre essas etapas e profissionais. Sem ele, o “quebra-cabeça” não fecha.

“Alguns laudos são bem demorados, porque comparo exame por exame, lesão por lesão, buscando alterações de milímetros que indicam risco real. Um diagnóstico não é apenas clicar num botão. Exige do radiologista um olhar aguçado, experiência e técnica”, relata a médica radiologista Cristiane Spadoni, da Clínica Imax, em Curitiba, mostrando a complexidade na rotina do radiologista.

Da mamografia à biópsia: etapas diagnósticas do câncer de mama

A Dra. Cristiane explica que a mamografia é o rastreamento inicial. E quando algo suspeito é detectado, a paciente é encaminhada para um ultrassom (US). A mamografia serve de guia para esta próxima etapa, que pode ampliar a visualização ou identificar lesões não vistas na mamografia, inclusive na região da axila.

Atualmente, explica a médica, mamografia e US são as ferramentas mais indicadas nesse diagnóstico por imagem. Mas, em alguns casos, pode-se ainda recorrer à tomografia e à ressonância magnética. Cada caso é analisado individualmente. E depois desta checagem por imagem, o médico radiologista ainda pode partir para a realização de biópsia, sempre mantendo contato com o médico que solicitou os exames iniciais.

Conforme o tipo e tamanho do tumor, explica Cristiane, na própria clínica Imax é possível fazer a coleta do material para biópsia utilizando-se agulhas. E o material é encaminhado para exame em laboratório especializado. Ou, se a situação for mais complexa, a radiologista indica que a paciente busque outros serviços de biópsia e análise, para confirmar, ou não, a presença de células anormais.

Mas o processo até o laudo final não para por aí e mostra a quantidade de camadas do trabalho do radiologista. “O radiologista ainda coordena toda a equipe de tecnólogos que manuseia o mamógrafo e demais aparelhos de imagem, supervisiona a qualidade das imagens, analisa a mamografia, faz a ultrassonografia, ressonância e a biópsia e assegura que terá todas as respostas nesse processo para ter um laudo final confiável e que sirva de guia para o tratamento”, analisa a médica radiologista.

Melhor mamógrafo do Sul do Brasil

A Clínica Imax, localizada em Curitiba, possui o melhor e mais avançado mamógrafo de toda a região Sul do Brasil. A diferença deste para outros equipamentos, explica a Dra. Cristiane, é que a resolução de imagem dele é maior, permitindo captar imagens com mais clareza e possibilidade de ampliação, sem perder o detalhamento.

E além de ter inteligência artificial embarcada, o equipamento possui a tecnologia de tomossíntese 3D, que permite “ler” a mama em finas camadas e identificar alterações com mais nitidez. Uma ferramenta importante, inclusive, para mulheres com mamas muito densas ou próteses.

“Cada risquinho que aparece é uma camada de imagem da mama. Antes não conseguia ver vasos ou microcalcificações com precisão. Agora é possível ver detalhes antes invisíveis. A inteligência artificial também ajuda no processo, indicando áreas com calcificação suspeita. Mas ela não substitui o olhar clínico treinado do radiologista”, explica Cristiane.

A Radiologia no Brasil

O Atlas da Radiologia no Brasil 2025, divulgado no fim de setembro pelo Colégio Brasileiro de Radiologia, contextualizam esse mercado profissional. O Brasil possui 20.453 médicos radiologistas titulados; dos quais cerca de 15 mil atuam com radiologia e diagnóstico por imagem. E há um grupo de 483 radiologistas que possuem especialização em mamografia (2,4 % do total). O Paraná conta com 1.427 radiologistas e figura entre os estados com maior densidade destes especialistas para cada mil habitantes.

A pesquisa ainda mostra que, em 2023, o SUS realizou 60% dos exames de imagem do país. O Brasil possui 6.554 mamógrafos em operação, o que representa aproximadamente 3,21 aparelhos para cada 100 mil habitantes. Uma desigualdade em relação à rede privada: usuários de planos de saúde têm, em média, até 5 vezes mais acesso a mamógrafos do que os usuários do SUS.

Campanha “Coragem”: conscientização com propósito

Durante o Outubro Rosa, a Clínica Imax promove a Campanha Coragem, que incentiva o diagnóstico precoce de câncer de mama pela mamografia anual. A iniciativa destaca que a coragem de uma mulher hoje pode ser a cura amanhã. Durante todo o mês de outubro de 2025, a Imax oferece 50 % de desconto no exame de tomossíntese para pacientes particulares.

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GISELLE CRISTINA CESAR ULBRICH ALBERTI
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