A radioterapia é uma ferramenta fundamental no tratamento de muitos tipos de câncer metastático, seja com o objetivo paliativo (para o controle da dor) ou de forma curativa ou ablativa (que é o controle local prolongado).
O rádio-oncologista Henrique Balloni, do Oncoville, clínica de radioterapia, explica que o câncer metastático pode ser tratado com radioterapia, porém, o objetivo e a forma de uso vão variar caso a caso. “A radioterapia é usada principalmente para aliviar sintomas causados pelas metástases, como dor óssea intensa, compressão da medula espinhal, sangramentos e obstruções, por exemplo, das vias aéreas ou intestinais. Na forma curativa, podemos usá-la em alguns casos muito específicos de oligometástases, ou seja, quando há poucas metástases em locais controláveis. O objetivo tanto na forma paliativa quanto curativa, é proporcionar melhora na qualidade e vida e prolongamento da sobrevida em alguns casos.”
Cânceres metastáticos frequentemente tratados com radioterapia
Metástases ósseas: dos cânceres de mama, próstata, pulmão, rim, tireoide. Neste caso, o principal objetivo é o controle da dor, prevenção de fraturas patológicas, melhora da função, geralmente em regiões como coluna, pelve, fêmur, costelas. As técnicas de radioterapia usadas são Radioterapia conformacional 3D (3D-CRT); IMRT ou SBRT para lesões únicas ou oligometastáticas.
Metástases cerebrais: com origem comum o pulmão, mama, melanoma, rim, o objetivo é o controle de sintomas neurológicos, edema, prevenção de sangramento ou progressão. As técnicas de radioterapia usadas são Radiocirurgia estereotáxica ou Irradiação cerebral total – para casos múltiplos ou difusos.
Metástases pulmonares (oligometastáticas): que têm origem comum os cânceres colorretal, mama, sarcoma, rim, o propósito é o controle local de poucas lesões (oligometástases). A técnica recomendada é a Radioterapia Corporal Estereotáxica (SBRT), com doses ablativas de alta precisão.
Metástases hepáticas: quando a cirurgia não é possível e as lesões são pequenas e isoladas. É usada a técnica SBRT, com controle local semelhante à ablação por radiofrequência.
Metástases em linfonodos distantes: como linfonodos retroperitoneais, mediastinais ou cervicais, são tratadas com radioterapia em contextos paliativo ou oligometastáticos. Usa-se a técnica é IMRT ou VMAT (modulação volumetria).
As sessões de radioterapia podem variar de dose única a múltiplas (frações), dependendo da localização, sintomas e estado geral do paciente. O tempo de cada sessão também varia de paciente a paciente.
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Heverson Bayer
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