A auriculoterapia, uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) oferecidas na rede municipal, tem sido utilizada com resultados positivos no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da zona oeste da capital paulista. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, a técnica tem ajudado a melhorar aspectos como agitação, sono e interação social.
De acordo com a pasta, a experiência foi iniciada após profissionais da saúde mental da UBS Jardim Colombo observarem os efeitos positivos da auriculoterapia em adultos com dor crônica e transtornos como ansiedade e depressão. A proposta foi então estendida para o público infantil, especificamente crianças com TEA, com sessões semanais conduzidas por profissionais habilitados.
Desde a implantação do atendimento voltado ao público infantil, diversos responsáveis relataram avanços comportamentais nos pequenos pacientes, como maior concentração, redução da irritabilidade e melhora na convivência escolar e familiar. A técnica consiste na aplicação de sementes em pontos específicos da orelha, seguindo os princípios da medicina tradicional chinesa.
Ainda segundo a secretaria, a auriculoterapia é hoje a prática mais procurada entre as 22 Pics ofertadas na rede municipal. Apenas em 2024, foram registradas mais de 340 mil sessões em unidades de saúde da capital. A popularidade da técnica também levou à capacitação de mais profissionais para atender à crescente demanda.
O acesso à auriculoterapia pode ser feito por meio das Unidades Básicas de Saúde ou pelos Centros de Referência em Práticas Integrativas e Complementares. A Prefeitura de São Paulo mantém uma página com informações atualizadas sobre os serviços, onde os interessados podem consultar os locais que oferecem esse tipo de atendimento.