Campanha alerta para os perigos de sacudir bebês como forma de acalmá-los diante do choro
MARIANA BEGO
10/07/2025 18h30 - Atualizado há 5 horas
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A Síndrome do Bebê Sacudido (SBS), também conhecida como trauma craniano por abuso, é uma condição grave e muitas vezes fatal, causada por um gesto aparentemente banal: sacudir um bebê. Especialistas alertam que o movimento brusco de vai e vem pode provocar lesões cerebrais severas, hemorragias, fraturas e até a morte da criança.
Apesar da gravidade, a SBS ainda é pouco conhecida entre pais, cuidadores e profissionais que lidam com a infância. Segundo estudos internacionais, a maioria dos casos acontece quando adultos, exaustos ou frustrados com o choro persistente do bebê, tentam acalmá-lo de forma impulsiva, recorrendo a sacudidas que têm consequências devastadoras.
“A cabeça do bebê é proporcionalmente grande e seu pescoço ainda não tem força para sustentar os movimentos rápidos. Quando sacudido, o cérebro do bebê se movimenta dentro do crânio, o que pode causar danos irreversíveis”, explica a enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação Cinthia Calsinski.
Entre os sinais de alerta para um possível caso de Síndrome do Bebê Sacudido estão: irritabilidade excessiva, letargia, vômitos inexplicáveis, dificuldade para respirar, convulsões e perda de consciência. Diante desses sintomas, é essencial buscar atendimento médico imediato.
Nenhum bebê morre por chorar, mas pode morrer se for sacudido
Profissionais de saúde recomendam que, diante do choro intenso, o cuidador coloque o bebê em um local seguro, respire fundo, e, se necessário, afaste-se por alguns minutos para se acalmar. Pedir ajuda também é um gesto de cuidado. “Cuidar de um bebê pode ser exaustivo, mas é fundamental que pais e cuidadores estejam conscientes de que sacudir nunca é uma opção segura”, reforça Cinthia.
A campanha também enfatiza a importância de informar familiares, babás, creches e demais envolvidos com o cuidado de bebês sobre os riscos da SBS, promovendo um ambiente mais seguro e consciente.
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Mariana Marcondes de Mello Durante Souza Bego
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