Jornada Médica
Formar uma família ainda é o sonho da maioria das pessoas. Contudo, o desejo de gerar filhos pode esbarrar num grande problema social e de saúde pública, e com efeitos econômicos catastróficos: a infertilidade. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2023 mostram que, 1 em cada 6 pessoas, em todo o planeta, é estéril. O declínio da fertilidade, seus desafios e as técnicas de reversão disponíveis em diferentes nações serão abordados pelo especialista em Reprodução Humana do Fleury Fertilidade e médico do Hospital Albert Einstein, Daniel Suslik Zylbersztejn, na Jornada Médica Internacional, que acontece nos dias 12, 13 e 14 de março, em Erechim, no Rio Grande do Sul.
Com 17 anos de atuação em Fecundação Assistida, Zylbersztejn conta que, a redução da fertilidade no mundo teve início em alguns países europeus, berço da Revolução Industrial, no início do século passado. Com a industrialização, as famílias mudaram ainda mais o estilo de vida e passaram a utilizar métodos contraceptivos:
“Podemos citar, ainda, o início do empoderamento feminino e o adiamento da gestação por força da carreira profissional. Estas e outras mudanças sociais aliadas a substâncias químicas que contaminam ar, solo e água influenciam diretamente o sistema reprodutivo humano, podendo resultar, dependendo do grau, em esterilidade”, complementa.
Segundo o médico, a taxa de fertilidade hoje no Brasil está em 1.66 filho por mulher. Porém, o número necessário para evitar a queda populacional é de 2.2 herdeiros. Nesta esteira de análise, importante considerar, também, levantamento da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, de 2019. Segundo o estudo, cerca de 8 milhões de brasileiros podem ser inférteis.
Os dados em tela são preocupantes, de acordo com Zylbersztejn, uma vez que, num dado momento, a população brasileira vai começar a reduzir de tamanho.
Tratamento
Um sonho distante para a maioria das pessoas, os tratamentos de Fertilização In Vitro envolvem medicamentos caros, insumos importados e alta tecnologia nos laboratórios de Embriologia que funcionam no Brasil. Além disso, não são cobertos por convênios, nem subsidiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o especialista, este cenário não deve mudar tão cedo. O médico, inclusive, lamenta o fato de o Brasil não investir em pesquisas em maior escala no que reside o tema, o que já é realidade, há tempos, em países mais desenvolvidos:
“Apesar de tudo isso, o Brasil é mundialmente reconhecido por ter uma Medicina Reprodutiva muito competente. Em especial, quanto à reprodução humana assistida”, acrescenta Zylbersztejn, que, em 14/3, abordará o assunto durante a Jornada Médica Internacional, no Centro Cultural Vinte e Cinco de Julho (rua Gaurama, 210 - centro), em Erechim, no Rio Grande do Sul.
Jornada
A 2ª edição do congresso é uma realização do Instituto Cultural Judaico Marc Chagall, da Prefeitura de Erechim e do Polo de Turismo Judaico de Quatro Irmãos e Região. Parte da verba arrecadada com as taxas de adesão para o acesso ao evento será destinada à restauração do Hospital Israelita “Leonardo Cohen”, primeiro do gênero erguido no Brasil, há 96 anos, na antiga Colônia Judaica de Quatro Irmãos.
As inscrições podem ser feitas no site www.jornadamedicainternacional.com.br. Profissionais da Medicina pagam R$ 349; estudantes, R$ 299. A participação dá direito a emissão de certificado.
SERVIÇO:
2ª Jornada Médica Internacional
Quando: dias 12, 13 e 14 de março de 2025
Local: Centro Cultural Vinte e Cinco de Julho
Endereço: Rua Gaurama, 210 - centro, Erechim-RS | CEP: 99700-000
Inscrições: https://jornadamedicainternacional.com.br/inscricao
Valores: R$ 349, para profissionais da Medicina; e R$ 299, para estudantes | Com direito à emissão de certificado
Mais informações e a programação completa nas redes sociais do evento (@jornada.medica.internacional) e por meio do WhatsApp (54) 99225-0596.
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SIMONE ANGELICA DELAGO LEONE
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