Traumas de infância e até intrauterinos: como lidar para não carregar feridas por toda a vida
Especialista Manoel Augusto Bissaco explica como experiências desde a gestação podem marcar a vida adulta e quais caminhos podem ajudar na cura
SARAH MONTEIRO
08/09/2025 13h29 - Atualizado há 12 horas
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Muitas vezes, quando falamos em trauma, pensamos em episódios marcantes da vida adulta, como acidentes ou perdas. Mas, segundo especialistas em psicologia pré e perinatal, as marcas emocionais podem começar muito antes disso — ainda no período intrauterino ou nos primeiros anos de vida. O terapeuta Manoel Augusto Bissaco, considerado o maior especialista do Brasil em choques e traumas intrauterinos, lembra que as experiências vividas durante a gestação e a infância moldam não apenas o comportamento, mas também a forma como o indivíduo lida com vínculos e desafios. “Feridas emocionais precoces podem ficar registradas no corpo e na mente. Se não forem trabalhadas, podem se manifestar em dificuldades emocionais, relacionais e até físicas na vida adulta”, afirma. Como os traumas se formam De acordo com Manoel, experiências de estresse na gestação, partos traumáticos, separações precoces da mãe e situações de abandono ou violência na infância são exemplos de vivências que podem deixar marcas profundas. “Esses choques iniciais impactam diretamente a forma como a criança se sente segura ou vulnerável diante do mundo. O corpo guarda memórias que nem sempre estão conscientes, mas que influenciam nossas escolhas e reações”, explica. O impacto na vida adulta Traumas não elaborados podem se refletir em insegurança, baixa autoestima, dificuldades de relacionamento, ansiedade ou até doenças psicossomáticas. “Muitos dos desafios que enfrentamos na vida adulta têm raízes nesses períodos iniciais. Quando entendemos isso, conseguimos olhar para nossas dores com mais compaixão e buscar caminhos de cura”, destaca o especialista, discípulo direto do PhD William Emerson, fundador da Psicologia Pré e Perinatal. É possível curar traumas antigos? Segundo Manoel, sim. A psicologia pré e perinatal oferece métodos terapêuticos específicos para acessar essas memórias precoces e liberar tensões que ficaram armazenadas. “O processo não é sobre reviver a dor, mas sobre elaborar o trauma com segurança, cuidado e leveza. Quando o paciente consegue reorganizar essa experiência, abre espaço para viver de forma mais leve e plena”, afirma. Prevenção e acolhimento Além do tratamento em adultos, a informação também é importante para prevenir novos traumas. Gestantes e famílias podem se beneficiar de um olhar mais cuidadoso para o período pré-natal e para o parto. “Um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso durante a gestação e o nascimento faz diferença para a saúde emocional da criança ao longo de toda a vida”, reforça Manoel. O especialista lembra que falar sobre traumas não é abrir feridas, mas uma oportunidade de cura. Com mais de 17 anos de experiência como terapeuta e 12 anos dedicados exclusivamente ao campo da psicologia pré e perinatal, Manoel já acompanhou milhares de casos de sucesso. Para ele, enfrentar as dores do passado é também uma forma de construir um futuro mais saudável e consciente. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
SARAH MONTEIRO DE CARVALHO
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