Como a cidade de Xangri-Lá, no litoral gaúcho, está entrando na rota de investidores brasileiros
A crescente movimentação na cidade nos últimos cinco anos impulsionou uma forte expansão, resultando em uma supervalorização das propriedades. Com isso, a região despontou como um possível polo de investimento.
HAMILTON ZAMBIANCKI
01/09/2025 17h13 - Atualizado há 4 horas
Divulgação
Depois de cidades como Balneário Camboriú, São Paulo e Rio de Janeiro, amplamente reconhecidas como polos de investimento imobiliário, a região de Xangri-Lá, no litoral do Rio Grande do Sul, está entrando de vez no mapa e na rota de investidores do setor. A cidade, que hoje leva o título de “Capital dos Condomínios”, tem sido enxergada como um novo oásis dos super ricos no Brasil. De acordo com o especialista em negócios imobiliários na região, Fabiano Braga, o município de Xangri-Lá vem se preparando nos últimos anos para um crescimento exponencial, o que deve firmá-la como um dos principais centros de investimento imobiliário no Brasil. Dentre os aspectos que têm chamado a atenção está a liquidez dos investimentos imobiliários na região, que tem sido encarada não apenas como um atrativo, mas também como um fator decisivo. Por ser uma cidade com forte característica horizontal, investimentos no setor de terrenos vêm se mostrando um ativo altamente lucrativo. Ainda segundo o corretor de imóveis, aquisições de lotes em condomínios, por exemplo, oferecem um potencial de retorno de aproximadamente 100% em relação ao investimento inicial, em um prazo de dois a três anos, algo que, para ele, deve ser considerado extraordinário quando o assunto é aplicação financeira. Além disso, para os investidores que optam por construir casas para posteriormente vendê-las, os rendimentos podem aumentar ainda mais — cerca de 30% a mais no incremento. “Sem contar que a demanda crescente proporciona aos investidores uma facilidade de negociar suas propriedades mais rapidamente, o que acaba garantindo um fluxo de capital constante. Esta característica é fundamental principalmente em tempos de incerteza econômica”, afirma o especialista. Para se ter ideia da alta procura, para cada lançamento imobiliário na cidade, existem cerca de 10 a 12 possíveis compradores –que já demonstraram interesse de compra – para cada unidade. Até o final do ano, a cidade de 16 mil habitantes deve contar com mais de 50 condomínios, muitos deles de alto padrão e luxo, com um ticket médio que pode ultrapassar a faixa de R$ 2.5 milhões por unidade. Ainda assim, algumas casas são comercializadas por valores elevados – acima de R$ 10 milhões e chegando até R$ 25 milhões. A expectativa é que 13 novos empreendimentos ainda sejam lançados nos próximos três anos. “Os super ricos – não só do Rio Grande do Sul, mas de outras regiões do Brasil e da América Latina – têm visto que o litoral gaúcho é um lugar tão badalado quanto Balneário Camboriú em Santa Catarina e Punta del Este, no Uruguai. Por que Xangri-Lá está entrando no radar de investimentos só agora? Até 2020, a cidade era considerada um refúgio apenas para moradores da região metropolitana de Porto Alegre, com uma demanda limitada, resultando em menor liquidez e valorização. No entanto, nos últimos cinco anos, uma conjunção de fatores alterou a dinâmica local da região. A popularização do trabalho híbrido e o aumento no tempo que as pessoas passaram na praia foram alguns deles. “No verão, por exemplo, a quantidade populacional da região chega a 200 mil pessoas”, afirma Braga. Fabiano acredita, ainda, que o crescimento do tráfego para destinos tradicionais como Santa Catarina e Punta del Este também fez com que muitos gaúchos voltassem a preferir o litoral gaucho, como Xangri-Lá, tanto pela proximidade quanto pela conveniência. Foi aí que a cidade despontou como um possível polo de investimento. “Essa crescente movimentação impulsionou uma forte expansão na cidade, o que consequentemente resultou em uma supervalorização das propriedades. Isso acabou chamando a atenção de investidores também de outras regiões do Brasil e do mundo, para estabelecimento de uma segunda, terceira e até quarta moradia”, comenta. Os compradores, em sua maioria, são de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal e outras capitais brasileiras, assim como boa parte são brasileiros que moram na Europa, América do Norte e Oceania. “Xangri-Lá vem sendo mais uma resposta a uma necessidade que as pessoas com alto poder de compra vinham sentindo, que é a possibilidade de diversificação das carteiras de investimento longe dos grandes centros urbanos”, conclui Fabiano Braga. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
HAMILTON MARCOS DOS SANTOS JUNIOR
[email protected]