Queda da testosterona em jovens: um alerta crescente para a saúde masculina
A queda nos níveis de testosterona, tradicionalmente associada ao envelhecimento masculino, vem sendo cada vez mais observada em homens jovens, alerta o médico George Mantese
MARCELO OLIVEIRA - COMUNICAçãO ESTRATéGICA CAMPINAS
01/09/2025 11h06 - Atualizado há 5 horas
Divulgação: Instituto Mantese
Campina, 01 de setembro de 2025 - A queda nos níveis de testosterona, tradicionalmente associada ao envelhecimento masculino, vem sendo cada vez mais observada em homens jovens, com idade até 30 anos. Esse fenômeno desperta preocupações médicas e sociais, pois a testosterona exerce papel central não apenas na função sexual, mas também na saúde metabólica, óssea, cognitiva e emocional. Segundo pesquisas, as principais causas da queda dos níveis de testosterona entre o público jovem até 30 anos estão associadas a obesidade, metabolismo, hormônios, estilo de vida, dieta, sono, perda de peso e recuperação hormonal. “Quando um jovem apresenta níveis baixos de testosterona, o sinal de alerta deve ser imediato. Muitas vezes não se trata de um problema isolado, mas do reflexo de um conjunto de fatores como obesidade, sedentarismo, má alimentação e até mesmo doenças metabólicas já instaladas”, explica George Mantese, médico de família e comunidade, mestre em Epidemiologia, doutorando em Educação e Saúde pela USP e especialista em saúde masculina e longevidade. Ele conta que estudos clínicos têm demonstrado que a obesidade está fortemente associada a menores níveis de testosterona. O aumento da gordura visceral eleva a atividade da aromatase, enzima responsável pela conversão de testosterona em estrógeno, além de reduzir os níveis de SHBG (sex hormone-binding globulin), diminuindo assim a testosterona circulante Essa relação é particularmente preocupante em jovens adultos, já que a “obesidade vem crescendo de forma epidêmica nessa faixa etária, contribuindo para um cenário de hipogonadismo funcional”, alerta Mantese. Outro fator para o problema, diz o médico, é qualidade da dieta. Uma meta-análise apontou que dietas com baixo teor de gordura podem reduzir significativamente os níveis de testosterona total e livre em homens, principalmente quando associadas à perda de peso abrupta. “O sedentarismo e a privação do sono são igualmente reconhecidos como fatores de risco para a disfunção hormonal”, alerta Mantese. Seundo ele, a testosterona apresenta um ritmo circadiano, com maior produção durante o sono REM e pico nas primeiras horas da manhã. Estudos demonstram que a restrição de sono reduz significativamente os níveis hormonais já após uma semana de privação parcial, mesmo em homens jovens e saudáveis. “O jovem de hoje enfrenta um tripé perigoso: má alimentação, sedentarismo e estresse crônico. Esses fatores não apenas reduzem a testosterona, mas aceleram um processo de envelhecimento precoce. É por isso que defendemos a saúde masculina preventiva, antes mesmo da necessidade de reposição hormonal”, comenta George Mantese. Mantese diz que a boa notícia é que a perda de peso significativa, seja por meios comportamentais ou farmacológicos, pode restaurar níveis normais de testosterona. Estudos longitudinais mostram que a normalização hormonal ocorre em até 77% dos casos de obesos que reduzem seu peso corporal de forma consistente. A queda de testosterona em jovens não pode ser negligenciada. Trata-se de um marcador clínico que exige investigação abrangente e manejo individualizado. Mais do que reposição hormonal, a prioridade deve ser identificar e corrigir fatores reversíveis como obesidade, sedentarismo e disfunções metabólicas. “Nossa missão é mostrar que saúde masculina não começa na reposição, mas sim na prevenção e no cuidado integral. O olhar atento para os jovens é fundamental para que possamos garantir qualidade de vida e longevidade saudável”, conclui Mantese. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARCELO FRANCISCO DE OLIVEIRA
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