Em qualquer empresa, seja ela uma startup de tecnologia ou uma indústria consolidada, a lógica básica de funcionamento é sempre a mesma: algo entra, um processo acontece e algo sai. Esse fluxo pode envolver matérias-primas, informações, demandas de clientes ou energia. A melhoria contínua atua justamente na análise e aperfeiçoamento desse caminho, buscando entender o que está sendo entregue, como está sendo produzido e, principalmente, o que pode ser feito para aumentar valor, reduzir desperdício e melhorar desempenho. Para isso, é fundamental diferenciar o que é importante do que é mais crítico, pois é nesse ponto que as mudanças geram impacto real.
O processo começa com a definição clara do problema a ser resolvido ou a definição de uma oportunidade de melhoria. Sem essa clareza, as iniciativas de melhoria tendem a ser dispersas, atacando sintomas em vez de causas. Uma vez identificado o problema ou a oportunidade, inicia-se a coleta de dados para transformar percepções em fatos concretos. Esses dados, organizados e analisados, se tornam informação; e a informação, quando interpretada no contexto certo, gera conhecimento. É a partir desse conhecimento que as empresas conseguem direcionar esforços de forma inteligente e objetiva.
Nesse momento, o trabalho em equipe se torna essencial, e é aqui que o Kaizen se destaca como ferramenta prática. Ao promover eventos e encontros colaborativos, ele envolve as pessoas que vivem o processo diariamente, permitindo a construção conjunta de uma lista de oportunidades de melhoria. Essa lista é então priorizada de acordo com impacto, urgência e viabilidade, garantindo que os recursos sejam aplicados onde há maior retorno.
É nesse ponto que os OKRs se tornam um aliado estratégico. Enquanto o Kaizen mobiliza o time para encontrar soluções práticas e imediatas, os OKRs asseguram que essas soluções estejam alinhadas aos objetivos estratégicos da empresa. O objetivo dá direção e significado ao esforço, enquanto os resultados-chave (Key Results) fornecem métricas concretas para medir o avanço. Assim, uma iniciativa identificada num evento Kaizen não se perde no dia a dia: ela se transforma em um resultado-chave mensurável, acompanhado de forma sistemática até sua implementação e consolidação.
Com prioridades definidas, o plano de ação é elaborado e executado. A implementação exige disciplina, pois não basta colocar a solução em prática, é necessário monitorar de perto para verificar se ela está realmente resolvendo o problema (ou aproveitando a oportunidade) e se os indicadores associados aos KRs estão evoluindo conforme esperado. Esse acompanhamento garante que ajustes possam ser feitos rapidamente, evitando que o esforço se perca ou que a solução gere efeitos colaterais indesejados. Quando o time julga que os resultados alcançados são suficientes para mudar de tema, porque tem outro mais gritante, chamando mais a atenção,, a melhoria é incorporada como novo padrão, encerrando um ciclo e dando início a outro.
Melhoria contínua não é apenas um conjunto de ferramentas, mas uma mentalidade que exige persistência, alinhamento e método. Integrando Kaizen e OKRs, as empresas criam um sistema no qual as ideias surgem de forma colaborativa, são priorizadas de acordo com impacto estratégico e acompanhadas com rigor até a entrega de resultados concretos. É esse casamento entre execução ágil e clareza de objetivos que permite transformar problemas em avanços reais e oportunidades em crescimento, criando um ciclo sustentável de evolução e aprendizado organizacional.
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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MARCIA GOMES DE BRITTO
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