O que toda loja de produtos naturais precisa saber sobre estoque

Por Phillip Ji, co-CEO da Omix

NB PRESS
05/08/2025 19h02 - Atualizado há 8 horas

O que toda loja de produtos naturais precisa saber sobre estoque
Omix
Gerenciar o estoque em uma loja de produtos naturais vai muito além de manter prateleiras abastecidas com whey protein, creatina, ômega 3 e multivitamínicos. Exige planejamento, leitura de mercado e um olhar atento para o comportamento de compra do consumidor. A falta de controle, mesmo que pontual, pode significar não apenas prejuízo financeiro, mas também a perda da confiança do cliente — que dificilmente volta a um ponto de venda onde não encontra o que procura.

O primeiro passo para uma gestão eficiente é o planejamento. Antecipar a demanda, entender os períodos de maior procura e manter o controle sobre o giro dos produtos são práticas que fazem diferença no dia a dia. Sistemas de gestão, como ERPs ou softwares voltados para o varejo, ajudam a automatizar processos, oferecer uma visão clara do que entra e sai e evitar surpresas com rupturas de estoque ou vencimento de mercadorias.


No entanto, prever a demanda exige mais do que tecnologia — requer sensibilidade para interpretar dados de vendas, considerar a sazonalidade e identificar padrões de comportamento. Suplementos têm ciclos específicos: vitaminas e própolis ganham força no outono e inverno, enquanto colágeno e termogênicos tendem a se destacar com a proximidade do verão. Ao analisar o histórico de vendas e cruzar as informações com tendências de mercado e datas promocionais, o lojista consegue ajustar o volume de compras de forma estratégica.

No dia a dia, o controle rigoroso do que está armazenado é o que impede o desperdício e otimiza o capital investido. Métodos como o FIFO, que prioriza a saída dos itens mais antigos, ajudam a manter o estoque rotativo, especialmente quando se trata de produtos com validade reduzida. Técnicas como a Curva ABC também são fundamentais para entender quais produtos são mais relevantes para o negócio e, assim, priorizar investimentos e ações promocionais com base em dados concretos.

Além disso, realizar inventários frequentes continua sendo uma prática indispensável. Eles são a melhor forma de identificar erros, perdas, produtos parados ou inconsistências entre o físico e o digital. E quando se percebe que um produto não está girando como o esperado, é possível reagir com agilidade — seja com uma campanha de vendas, reposição estratégica ou negociação com o fornecedor.

Outro ponto relevante é o uso de sistemas visuais simples, como o Kanban, que facilita o controle manual em pequenas equipes. Quando um item atinge o limite mínimo no estoque, um aviso visual alerta para o reabastecimento, reduzindo o risco de falta e garantindo que as necessidades do cliente sejam atendidas com constância.

Reduzir desperdício é também uma questão de cultura da empresa. Criar processos, capacitar a equipe, padronizar controles e acompanhar os indicadores do estoque são atitudes que melhoram os resultados e tornam o negócio mais eficiente e preparado para crescer. O impacto de uma boa gestão se reflete diretamente no atendimento: o cliente que encontra o que precisa, na hora certa, tende a voltar e recomendar.

No mercado de produtos naturais, a fidelização começa na experiência e se consolida na confiança. E parte dessa confiança nasce nos bastidores — na forma como a loja se organiza, planeja e executa as decisões de compra e reposição. A gestão de estoque bem feita não é apenas diferencial operacional: é uma das bases de um negócio saudável, competitivo e preparado para crescer de forma consistente.

*Por Phillip Ji, co-CEO da Omix, empresa pioneira em fitoterápicos no Brasil, desde 1993.

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DEBORAH EVELYN SOSA FECINI
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