Pesquisa constata que uma em cada três pessoas desconhece que o colesterol sem controle é fator de risco para o coração

Levantamento da SOCESP está sendo divulgado pelo Dia Nacional de Combate do Colesterol Elevado (8 de agosto) e a entidade promove uma campanha de alerta e orientação

JOSé LUCHETTI
05/08/2025 20h04 - Atualizado há 4 horas

Pesquisa constata que uma em cada três pessoas desconhece que o colesterol sem controle é fator de risco para
Divulgação da SOCESP

Uma pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP revelou que 34% dos entrevistados não relacionaram o colesterol elevado como fator de risco que pode aumentar a probabilidade de doenças cardiovasculares, como o infarto, o AVC e até a morte súbita. No Brasil, cerca de 40% da população adulta convive com os índices acima do recomendado, ou seja 60 milhões de pessoas. 

Pelo levantamento, 11,7% nunca haviam feito o teste de colesterol e 34,2% tinham realizado há mais de um ano. Entre os que fizeram a medição, 13,9% afirmaram ter colesterol elevado, mas, mesmo assim, não faziam uso de medicação. Apenas 17,6%, também diagnosticados com colesterol alto, confirmaram tomar os remédios prescritos. Mas 12,9% dos que se submeteram ao exame desconheciam o resultado. Os restantes 55,6% estavam com o colesterol dentro da normalidade.  A SOCESP ouviu 1.765 pessoas, sendo 56,6% mulheres e 43,4% homens, nas cidades de Araçatuba, Araras, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Santos, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e na capital paulista. 

Para o diretor da SOCESP, Andrei Sposito, a falta de conhecimento preocupa: “é um desafio que diagnosticados façam o controle adequado. Quando não há clareza a respeito das consequências, a tendência é que o cenário seja ainda mais grave”, avalia o cardiologista. O colesterol total é considerado alto acima de 200 mg/dL e o colesterol LDL (o “ruim”), aquele que impacta a saúde cardiovascular, está elevado a partir de 160 mg/dL. “70% daqueles com alguma doença cardiovascular têm colesterol alto”, lembra Andrei Sposito.  

O diretor da SOCESP ressalta que, para as pessoas que já sofreram infarto ou um acidente vascular cerebral, os valores do colesterol ruim devem ser ainda mais baixos (<50mg/dL). “Para quem não apresenta fatores de vulnerabilidade cardíaca, permite-se até 130 mg/dL. Manter o colesterol ruim em níveis desejáveis para o seu perfil previne o primeiro evento ou sua recorrência”, completa.  

O colesterol elevado não apresenta sintomas e só pode ser detectado por exame de sangue, que precisa ser repetido pelo menos uma vez ao ano. Segundo o cardiologista, a verificação começa aos 10 anos e, quando houver histórico familiar, deve ser feita a partir dos 2 anos.  

Em 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol Elevado e a SOCESP promove campanha, ao longo de todo o mês, sobre os perigos do colesterol alto com postagens em redes sociais, publicação de artigos em seu site, além de entrevistas com especialistas no formato de podcasts e vídeos.  


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