UPAs de São Paulo adotam protocolo para melhorar atendimento a vítimas de violência doméstica

Medida da Secretaria da Saúde busca qualificar acolhimento nas unidades, ampliar notificações e fortalecer a rede de proteção na capital paulista.

Redação - Itaquera em Notícias
31/07/2025 08h08 - Atualizado há 23 horas

UPAs de São Paulo adotam protocolo para melhorar atendimento a vítimas de violência doméstica
Imagem ilustrativa: Acervo / Prefeitura de São Paulo

Com o objetivo de fortalecer o atendimento humanizado e seguro a vítimas de violência doméstica, a Prefeitura de São Paulo implementou um protocolo específico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A iniciativa faz parte do projeto “UPAs em Ação” e pretende garantir a identificação precoce dos casos, melhorar o encaminhamento para a rede de proteção e padronizar os procedimentos adotados pelas equipes de saúde.

Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o protocolo oferece orientações técnicas para que os profissionais das UPAs possam reconhecer sinais de violência, realizar abordagem acolhedora, notificar os casos de forma adequada e promover o encaminhamento das vítimas aos serviços especializados. A medida abrange diferentes públicos, como mulheres, crianças, gestantes e idosos.

De acordo com a pasta, as ações voltadas à violência doméstica nas UPAs foram iniciadas em maio de 2025, com reuniões semanais entre representantes das 11 unidades participantes, coordenadorias regionais e equipe técnica da secretaria. Esses encontros têm como foco a troca de experiências, aprimoramento das práticas assistenciais e fortalecimento dos Núcleos de Prevenção de Violência (NPVs) nas regiões atendidas.

Como parte da estratégia, a SMS também estabeleceu um indicador baseado no número de notificações mensais registradas nessas unidades. A expectativa é que, com a aplicação do protocolo, as equipes consigam identificar mais casos, aumentando a capacidade de resposta e a articulação com a rede de proteção social.

O projeto “UPAs em Ação”, que contempla 11 unidades das zonas Norte, Leste e Sudeste da capital, tem apoio técnico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Institute for Healthcare Improvement (IHI). Além do enfrentamento à violência, o projeto busca melhorias no fluxo assistencial, segurança clínica e eficiência nos atendimentos prestados à população.


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