Reabilitação pós-atropelamento: o passo mais importante depois da UTI
Jovem atropelada por um ônibus teve alta caminhando após reabilitação intensiva
ALESSANDRA SIEGEL
10/07/2025 17h03 - Atualizado há 15 horas
Divulgação
Um atropelamento por ônibus, um mês internada na UTI, duas semanas entubada, perda severa de massa muscular, traqueostomia, sonda enteral, acesso venoso contínuo, ausência de fala e de marcha. Esse era o quadro clínico de Valéria Miranda da Silva, de 31 anos, quando foi transferida para a YUNA, instituição especializada em reabilitação e transição de cuidados. Considerado um caso de politrauma grave, o quadro de Valéria exigiu uma abordagem intensiva e integrada de reabilitação, com foco na retomada funcional, no fortalecimento muscular e na independência para as atividades da vida diária (AVD). Segundo o fisioterapeuta Douglas Spencer, a paciente chegou com déficit importante de força em todo o lado esquerdo do corpo, sem conseguir realizar sozinha movimentos básicos como a troca de decúbito, transição da cama para a cadeira de rodas e a marcha com segurança. “Ela necessitava de apoio bilateral para qualquer deslocamento e apresentava sérios prejuízos de equilíbrio postural. Iniciamos o trabalho com fisioterapia motora e fortalecimento muscular global, além de treino de marcha, com progressão para ambientes externos e irregulares”, explica o fisioterapeuta. A recuperação foi surpreendente. Após menos de um mês de terapias, Valéria teve alta caminhando sozinha, inclusive sendo capaz de descer escadas de forma autônoma. Um dos indicadores utilizados para medir essa evolução foi a Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), na qual a paciente apresentou melhora de 87% ao longo da internação, alcançando independência total. De acordo com o Dr. Luca Adan, fisiatra que coordenou o plano terapêutico com a equipe multiprofissional, a paciente teve uma excelente evolução. “Rapidamente conseguimos avançar no protocolo de decanulação (retirada da traqueostomia) e retirada da sonda nasoenteral. A partir daí, o foco foi o ganho motor, equilíbrio e coordenação”, explica o médico fisiatra. Segundo o fisiatra, a motivação da paciente teve papel decisivo. “Ela demonstrou muita vontade de retomar suas atividades, o que contribuiu para acelerar o processo de recuperação e reintegração à vida diária. Com a boa resposta clínica e funcional, conseguimos inclusive antecipar o plano de alta, com todas as recomendações de continuidade de cuidados em comunidade”, conclui. “Sempre fui ligada à atividade física, frequentava academia, mas não imaginava o quanto a fisioterapia poderia ser intensa e tão eficaz. Cheguei aqui sem conseguir falar ou andar. E saio pela porta da frente. Foi na YUNA que conheci o amor – pelo cuidado que recebi, pela dedicação de todos os profissionais e pelo apoio que minha família também recebeu”, relata Valéria Miranda da Silva. Transição de cuidados: acolhimento com técnica A atuação de instituições como a YUNA é fundamental para pacientes que saem do serviço de alta complexidade, mas ainda não estão prontos para o retorno ao domicílio, e que necessitam de reabilitação motora. Esses locais trabalham com protocolos próprios, equipe multidisciplinar e estrutura que favorece o cuidado contínuo com foco na reabilitação. No caso de Valéria, além da fisioterapia respiratória e fisioterapia motora, o processo envolveu acompanhamento de enfermagem, nutricionista clínica para acompanhamento do suporte nutricional, terapia ocupacional para os treinos de atividades de vida diária, treinos de higiene pessoal, vestimenta, estímulos cognitivos e sensoriais, acompanhamento psicológico par enfrentamento de todo processo de reabilitação e as orientações farmacológicas e médica. “Mais do que reabilitar fisicamente, buscamos devolver ao paciente o senso de autonomia, propósito e dignidade. Isso é transição de cuidados na prática”, reforça Spencer. Sobre a YUNA A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência multidisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site https://yuna.com.br/. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ALESSANDRA LANCHOTI SIEGEL
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