Golpistas usam empresas reais para enganar produtores rurais e desviar cargas de milho
Criminosos se passam por corretores, simulam pagamentos e causam prejuízos; Agrobom alerta sobre armadilhas e reforça a importância de negociar com empresas confiáveis
CASA DA COMUNICAçãO FRANCA
10/07/2025 16h33 - Atualizado há 2 semanas
(Crédito: Getty Images/iStockphoto)
Nos últimos meses, produtores rurais da região do Sul de Minas têm sido alvo de uma nova modalidade de golpe que envolve a comercialização de milho. Falsos corretores se passam por intermediários de empresas sérias e com reputação no mercado, simulam negociações legítimas e usam comprovantes bancários falsos para liberar cargas que acabam não sendo pagas ao produtor. O alerta vem da Agrobom, empresa com mais de duas décadas de atuação no mercado de grãos e armazéns, localizada em Bom Jesus da Penha/MG. Segundo Marco Castelli, diretor comercial da companhia, o golpe tem sido cada vez mais sofisticado, envolvendo o nome de empresas sérias — o que dificulta a identificação da fraude. “Já identificamos pelo menos três tentativas de golpe bem estruturadas nos últimos três meses, e mais de 10 abordagens suspeitas. O que temos feito é bloquear essas operações logo no início, exigindo pagamento antecipado e avisando que não liberamos carga sem a confirmação bancária real”, afirma Castelli. A ação dos golpistas é sempre a mesma: o golpista conecta produtor e empresa compradora, se apresenta como corretor e induz ambos a acreditar que há uma negociação segura em curso. Em seguida, envia um comprovante falso de pagamento ao produtor, que libera a carga. A empresa compradora, por sua vez, também é enganada e paga ao golpista. O prejuízo pode atingir os dois lados. O problema se agrava em períodos de mercado mais retraído, quando produtores ficam suscetíveis a ofertas muito acima da média. “É aí que mora o perigo. A prática do golpista é oferecer vantagens irreais. Se o preço estiver muito fora da realidade, o produtor deve desconfiar. O mercado tem suas regras, e qualquer desvio brusco já deve ser sinal de alerta”, orienta Castelli. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ANA LUIZA SILVA FELIPPE
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