A busca por uma vida mais saudável e melhor desempenho físico impulsionou o mercado de suplementos, mas a popularização de fórmulas e dicas nas redes sociais acende um alerta: a suplementação sem acompanhamento médico pode ser ineficaz e até prejudicial. Segundo o Dr. Rafael Fantin, médico endocrinologista e metabologista, a chave para o sucesso está em entender que cada organismo é único e possui demandas específicas.
"Apesar de alguns suplementos, como o ômega-3 e a creatina, oferecerem benefícios quase universais, a grande maioria das substâncias precisa ser indicada com base em uma avaliação criteriosa", explica o Dr. Fantin. "A suplementação deve ser adaptada não apenas ao indivíduo, mas também à fase da vida que ele atravessa, seja para corrigir deficiências nutricionais, modular o estresse ou apoiar a performance cognitiva."
O mito do "metabolismo ruim"
Uma das queixas mais comuns nos consultórios é a sensação de ter um "metabolismo lento". O Dr. Fantin esclarece que, embora estudos populacionais mostrem uma estabilização metabólica na vida adulta, a análise individual revela um cenário diferente. Fatores como desequilíbrios hormonais, deficiências de nutrientes, inflamação crônica e disfunções mitocondriais podem comprometer a capacidade do corpo de gerar energia e funcionar de maneira otimizada.
"Muitas vezes, o problema está em disfunções leves que passam despercebidas em exames convencionais, interpretados dentro de uma média populacional cada vez menos saudável", afirma o médico. Ele cita como exemplos o hipotireoidismo funcional, onde a conversão do hormônio T4 em sua forma ativa (T3) é ineficiente por falta de nutrientes como o selênio, e o hipogonadismo metabólico, onde a testosterona se encontra em níveis baixos devido à inflamação.
Avaliação médica especializada
Para definir a real necessidade de suplementação, a abordagem médica moderna vai além de apenas confirmar doenças. Através de uma anamnese detalhada e exames laboratoriais abrangentes, é possível identificar desequilíbrios antes que evoluam para problemas graves.
"A pergunta certa não é ‘estou doente?’, mas sim ‘estou operando no meu melhor desempenho físico e cognitivo?’", pontua o Dr. Fantin. "Ao unir a escuta clínica com uma análise aprofundada dos exames, conseguimos propor tratamentos que refletem em uma melhora rápida e progressiva na qualidade de vida do paciente."
Os Riscos da Suplementação por Conta Própria
Aderir a suplementos da moda ou por indicação de amigos pode trazer sérios riscos. Além do desperdício financeiro, o uso de substâncias desnecessárias pode desregular o organismo. Um exemplo clássico é o uso indiscriminado de precursores de testosterona ou do próprio hormônio.
"O corpo funciona com um sistema de feedback. Se ele recebe algo pronto em excesso, como a testosterona, ele inibe a própria produção. O resultado inicial de euforia pode se transformar em queda de libido, fadiga e perda de performance, o exato oposto do que se buscava", alerta o especialista. O mesmo ocorre com suplementos energéticos como o NAD, que podem levar o corpo a reduzir seu processo natural de produção de energia.
Acompanhe o trabalho do Dr. Rafael Fantin nas redes sociais: @dr.rafaelfantin | institutorafaelfantin.com.br
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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