No mês de setembro é celebrado o Dia Nacional do Farmacêutico, data que destaca a relevância de um dos profissionais mais estratégicos da saúde. Seja na pesquisa, na produção, na regulação, na dispensação ou no acompanhamento direto dos pacientes, o farmacêutico é peça-chave para garantir que medicamentos e tratamentos cheguem com qualidade, segurança e eficácia à população.
“O farmacêutico exerce um papel essencial na cadeia de cuidados com a saúde. Ele é o elo mais importante entre a pesquisa, a produção, a regulação, a dispensação e o uso racional dos medicamentos”, afirma Marcos Silveira, gerente técnico e farmacêutico responsável da Carnot Laboratórios. Para ele, a atuação vai muito além do que é visto diariamente pela população. “Muitas dessas funções são invisíveis, mas impactam diretamente na vida do paciente e na sustentabilidade do sistema de saúde”, reforça.
Embora seja comum associar a profissão apenas ao atendimento em farmácias comunitárias, o escopo de atuação é vasto e diversificado. Em ambientes hospitalares e clínicos, o farmacêutico atua na conciliação medicamentosa, na prescrição e revisão de doses, no monitoramento de terapias complexas, como antibióticos e quimioterápicos, e no acompanhamento multiprofissional de pacientes internados. Ele também participa do preparo seguro de soluções estéreis, da nutrição parenteral e da farmacovigilância hospitalar, prevenindo erros e garantindo maior efetividade nos tratamentos.
Na indústria farmacêutica, o trabalho é igualmente estratégico: vai desde a pesquisa , a identificação de novas moléculas, o desenvolvimento de novos produtos, a produção, o controle de qualidade, a garantia da qualidade, as boas práticas de fabricação, a farmacovigilância e a regulação sanitária. “O farmacêutico é o responsável direto por todo o processo de desenvolvimento de medicamentos em toda a cadeia, desde a identificação de novas moléculas até os ensaios clínicos e o registro junto às autoridades. É ele quem garante que cada novo tratamento chegue ao mercado com qualidade, eficácia e segurança comprovadas”, explica Silveira.
Outro ponto fundamental da profissão é o cuidado direto com o paciente. Na farmácia comunitária, por exemplo, o farmacêutico realiza acompanhamento de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, aplica vacinas, conduz testes rápidos, auxilia na adesão a tratamentos de longo prazo e orienta quanto ao uso correto de inaladores, insulinas e outros medicamentos. “A presença do farmacêutico garante que os medicamentos sejam utilizados de forma correta, eficaz e segura. Ele orienta sobre posologia, interações, efeitos adversos e cuidados de armazenamento, evitando riscos e aumentando a segurança do tratamento”, afirma o especialista.
Apesar de toda essa amplitude de atuação, a profissão ainda enfrenta desafios significativos no Brasil. Segundo Silveira, entre eles estão a falta de reconhecimento da relevância do trabalho por parte da sociedade, a sobrecarga em farmácias comunitárias que limita o acompanhamento clínico, a necessidade constante de atualização diante dos avanços tecnológicos e a desigualdade de acesso a medicamentos e serviços farmacêuticos em diferentes regiões do país. A concorrência na profissão e a carência de oportunidades para recém-formados também estão entre as dificuldades.
Além dessas frentes, há ainda áreas menos conhecidas pelo público mas também muito importantes, como a radiofarmácia, a toxicologia, a farmácia veterinária, a produção de cosméticos e dermocosméticos, a manipulação de fórmulas personalizadas e a atuação em laboratórios de análises clínicas, nas áreas de bioquímica, microbiologia, genética e imunologia. No campo da saúde pública, os farmacêuticos colaboram com a assistência farmacêutica no SUS, participam da elaboração de protocolos clínicos, campanhas de vacinação e ações educativas contra a automedicação e a resistência antimicrobiana.
Dentro da indústria farmacêutica, como por exemplo em empresas como a Carnot, o papel do farmacêutico é bastante abrangente. “Na Carnot, o farmacêutico está presente em todas as etapas que garantem a qualidade dos medicamentos, desde a pesquisa e o desenvolvimento até a liberação do produto final ao mercado, passando por áreas como qualidade, assuntos regulatórios, farmacovigilância, produção e supply chain. É esse trabalho que assegura que cada medicamento chegue ao paciente com segurança e dentro dos mais altos padrões técnicos e regulatórios”, destaca o gerente técnico.
Encerrando, o especialista deixa também uma mensagem aos jovens que estão iniciando na profissão: “A carreira farmacêutica é diversa e cheia de oportunidades. Aos que estão começando, meu conselho é investir sempre em atualização, aprender com as novas tecnologias e com o mundo digital, desenvolver habilidades de comunicação e buscar outros idiomas, como inglês e espanhol, essenciais para acompanhar padrões internacionais. Acima de tudo, mantenham o foco no cuidado com o ser humano. Conheçam as diferentes áreas de atuação para encontrar seu verdadeiro propósito, pois cada farmacêutico contribui de maneira única e direta para a saúde e o bem-estar da sociedade”.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
[email protected]