O emagrecimento, especialmente quando marcado por uma perda de peso significativa - seja após cirurgia bariátrica ou pelo uso de análogos do GLP-1, medicamentos cada vez mais comuns no tratamento da obesidade — pode deixar marcas visíveis na pele em forma de flacidez e excesso de tecido, tanto no rosto quanto no corpo.
Segundo a dermatologista Lauren Morais, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), este é um dos principais desafios enfrentados por pacientes que perderam peso de forma expressiva.
“A pele é um órgão elástico, mas sua capacidade de retração tem um limite. Quando há perda de peso rápida ou muito acentuada, seja com cirurgia ou medicamentos, é comum que a pele não consiga acompanhar essa redução, resultando em excesso de tecido e flacidez”, explica a especialista.
Principais áreas afetadas
A flacidez pós-emagrecimento pode atingir diferentes regiões:
- Corpo: abdômen, braços, coxas e glúteos.
- Face: bochechas, contorno mandibular e região do pescoço, que podem apresentar perda
de sustentação e queda da pele.
A intensidade do problema varia de acordo com fatores como idade, genética, qualidade da
pele e velocidade da perda de peso.
Tratamentos para a flacidez corporal e facial
A Dra. Lauren reforça que não existe uma solução única: o tratamento ideal depende do grau de flacidez, da área a ser tratada e das características individuais de cada paciente. Entre os principais procedimentos não cirúrgicos estão:
Bioestimuladores de colágeno (ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio): substâncias injetáveis que estimulam os fibroblastos a produzirem novas fibras de colágeno, melhorando a firmeza da pele.
Ultrassom microfocado: atua em diferentes profundidades da pele, promovendo efeito lifting no rosto e também apresentando resultados muito interessantes em áreas corporais, como abdômen e braços.
Radiofrequência: melhora a circulação local e estimula o colágeno, sendo indicada para casos leves a moderados.
Fios de Sustentação (PDO): inseridos na pele para efeito de tração imediato e estímulo de colágeno, com bons resultados em áreas faciais como mandíbula e bochechas.
Quando optar pela associação de tratamentos?
Em casos de flacidez mais acentuada, a combinação de técnicas costuma trazer os melhores resultados.
“Os bioestimuladores dão densidade à pele, enquanto o ultrassom microfocado promove efeito lifting. Essa associação permite tratar múltiplas camadas da pele, tanto do rosto quanto do corpo, garantindo resultados mais naturais e duradouros”, detalha a presidente da SBD-PR.
Nos casos em que há excesso de pele muito significativo, pode haver indicação cirúrgica, como a abdominoplastia ou lifting facial.
Prevenção é fundamental
Durante o processo de emagrecimento, algumas medidas ajudam a prevenir ou minimizar a flacidez:
- manter a pele hidratada;
- praticar exercícios que fortaleçam a musculatura;
- evitar perda de peso muito rápida;
- contar com acompanhamento médico regular.
“Com uma avaliação médica adequada, conseguimos personalizar os protocolos para devolver firmeza à pele e melhorar a autoestima do paciente”, finaliza a Dra. Lauren.
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Geziane de Mattos Diosti
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