Verão seguro: SBD-PR alerta contra bronzeamento artificial e procedimentos por não médicos

As câmaras de bronzeamento emitem raios UV, podendo causar uma predisposição ao câncer de pele

GEZIANE DIOSTI
30/09/2025 13h57 - Atualizado há 2 horas

Verão seguro: SBD-PR alerta contra bronzeamento artificial e procedimentos por não médicos
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Estamos a pouco menos de três meses para o verão, e é nessa época que a busca por tratamentos estéticos faciais e corporais se intensifica. No entanto, o aumento da demanda acende um alerta para a importância de escolher profissionais qualificados, a fim de evitar riscos e complicações graves.

 

Lauren Morais, médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), reforça que a segurança do paciente é inegociável e destaca a importância de saber escolher um profissional habilitado.

“Nesta época do ano, infelizmente, cresce a oferta de procedimentos estéticos invasivos realizados por não médicos. É importante que os pacientes entendam que tratamentos como aplicação de toxina botulínica, bioestimuladores de colágeno, uso de radiofrequência, entre outros, devem ser conduzidos por médicos, especialmente dermatologistas. Nós temos conhecimento da anatomia e fisiologia da pele e estamos preparados para intervir em qualquer urgência ou emergência”, destaca a especialista.

Bronzeamento artificial: uma prática proibida e perigosa

Uma “atração” perigosa nessa época do ano são as câmaras de bronzeamento artificial. Embora o uso delas esteja proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2009 (Resolução RDC 56/2009), muitos estabelecimentos seguem atuando normalmente, fazendo propaganda de um bronzeamento bonito e saudável, principalmente visando ao “Projeto Verão”.

Segundo a Dra. Lauren, as máquinas de bronzeamento podem causar uma predisposição ao câncer de pele.

“As máquinas de bronzeamento estão proibidas no Brasil pois houve novos indícios de agravos à saúde relacionados com o uso das câmaras de bronzeamento. Elas emitem raios UV a partir de lâmpadas, podendo causar uma predisposição ao câncer de pele e contribuir para o envelhecimento precoce da pele”, acrescenta a presidente da SBD-PR.

A especialista reforça, ainda, que a ideia de um "bronzeamento saudável" é um mito perigoso, especialmente quando se trata de métodos artificiais.

“Precisamos orientar e educar a população para que não caia em golpes de bronzeamento artificial. Além do mais, não existe bronzeamento saudável, muito menos em máquinas de bronzeamento. A exposição solar é necessária para a saúde, mas deve ser feita com responsabilidade: sempre nos horários de menor radiação UVB, antes das 10h e após as 16h, e com o uso indispensável de protetor solar”, orienta a dermatologista.

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. É o câncer mais comum entre os brasileiros.

Cuidado com tratamentos “milagrosos”
Lauren reforça, ainda, que tratamentos milagrosos, principalmente num curto período de tempo, não existem, e que o paciente precisa estar ciente de que a alimentação saudável e a prática regular de atividade física colaboram para que os resultados sejam alcançados.

“Alguns pacientes buscam verdadeiros milagres nos tratamentos corporais sem esforço pessoal. É preciso lembrar que os procedimentos estéticos ajudam e muito a recuperar o contorno corporal e a qualidade da pele, mas é fundamental que o paciente também faça sua parte, investindo numa alimentação equilibrada, praticando atividade física regular e se hidratando corretamente. Certamente os resultados serão potencializados”, finaliza a dermatologista.


Orientações ao realizar procedimentos estéticos

Confira algumas orientações ao decidir realizar procedimentos estéticos invasivos:

1. Procure um médico especialista: procure sempre um especialista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) ou da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para realizar um procedimento estético invasivo e tire duas dúvidas sobre qual produto será utilizado. 

2. Certificação: produtos de preenchimento devem ser aprovados pela Anvisa (ou FDA, se for fora do Brasil). Pergunte ao médico sobre a certificação do produto. Um bom profissional não hesitará em passar as informações.

3. Desconfie do preço: o ditado "o barato sai caro" faz muito sentido quando se fala em saúde. Portanto, o preenchimento de qualidade precisa ter um custo que reflita sua segurança e eficácia. 

Com informações: SBD


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