Explosão do e-commerce e maior disputa por espaço redefinem a logística urbana em São Paulo
Comércio eletrônico deve movimentar R$ 234 bilhões em 2025 e pressiona a infraestrutura das cidades. GoodStorage reafirma o papel da armazenagem urbana como alternativa estratégica para reduzir custos e acelerar entregas
HUGO DUARTE
26/09/2025 16h59 - Atualizado há 3 horas
Divulgação
São Paulo está no centro de uma transformação silenciosa que afeta diretamente a vida de milhões de consumidores: a logística urbana. O avanço do comércio eletrônico, que movimentou R$ 200 bilhões em 2024 e deve alcançar R$ 234 bilhões em 2025, aumenta a circulação de veículos de entrega, exige estoques descentralizados e cria uma demanda crescente por espaços bem localizados dentro da cidade. Ao mesmo tempo, a taxa de vacância em galpões logísticos caiu para 9,3%, uma das mais baixas da história, elevando os aluguéis médios para R$ 24,95/m² e projetando valores acima de R$ 45/m² em 2025 nos ativos mais próximos dos grandes centros. O aumento da demanda tem levado empresas a buscar alternativas conhecidas como infill logístico, imóveis de armazenagem dentro do perímetro urbano que funcionam como hubs de proximidade. O modelo permite reduzir deslocamentos, encurtar a chamada última milha e acelerar o giro de mercadorias, que já representa mais da metade do custo logístico total em São Paulo. Estar próximo do consumidor significa não apenas ganhar tempo, mas também diminuir emissões e melhorar a eficiência operacional em setores tão diversos quanto varejo digital, farmacêutico, mobilidade e alimentos. Nesse cenário, a GoodStorage, especialista e empresa líder no setor de espaços para armazenagem, se consolidou como a maior rede de armazenagem urbana do Brasil, com 67 unidades na capital paulista. A empresa atende desde pequenas e médias empresas, até gigantes como Mercado Livre e Shopee, que utilizam seus espaços para garantir entregas no mesmo dia. A Petlove, que começou a parceria usando 30 m² em self storage, hoje, ocupa quase 2 mil m² em galpões urbanos. Casos como esses mostram como a lógica da armazenagem urbana evoluiu: de solução voltada a pequenos contratos, para infraestrutura capaz de sustentar operações complexas de e-commerce, logística reversa e apoio técnico regionalizado. "O galpão periférico continua tendo um papel importante, mas não é mais suficiente para atender a dinâmica do mercado atual. O que vemos é uma mudança estrutural: a própria cidade passou a ser parte ativa da rede logística. Isso significa ter locais de armazenamento e distribuição inseridos pelos bairros, capazes de encurtar distâncias, reduzir custos e aumentar a previsibilidade das entregas”, comenta Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage. A lógica do same day delivery só se sustenta quando o estoque está inserido dentro da malha urbana. É a presença desses hubs que permite transformar entregas de semanas ou dias em entregas feitas em poucas horas. A descentralização dos estoques tem se tornado requisito básico para quem precisa competir em um mercado cada vez mais orientado pela conveniência do consumidor. "Quando uma empresa consegue sair da lógica de operar apenas em galpões distantes e passa a contar com estoques dentro da cidade, o impacto é imediato. O tempo de entrega cai de dias para horas, o custo logístico se torna mais previsível e o impacto ambiental diminui. Essa combinação gera eficiência econômica para as empresas e benefícios diretos para a população, que recebe com mais rapidez e confiabilidade”, complementa Thiago. O avanço das smart cities, a pressão por sustentabilidade, a adoção de novas tecnologias como 5G e a automação, devem ampliar ainda mais esse movimento nos próximos anos. A cidade passa a ser vista não apenas como destino das entregas, mas como parte ativa da rede logística. Para consumidores, isso significa maior rapidez e previsibilidade, e para as empresas, representa ganhos de eficiência e competitividade. Já sob o ponto de vista da metrópole, é o início de uma nova etapa em que a logística deixa de ser apenas operação de bastidor e passa a integrar a infraestrutura essencial do cotidiano urbano. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
HUGO MORAES NOGUEIRA DUARTE
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