Processos trabalhistas: Índice de conciliação no Brasil é de apenas 21%, muito abaixo do ideal, segundo especialista

Victoria Santos
25/09/2025 09h23 - Atualizado há 3 horas

Processos trabalhistas: Índice de conciliação no Brasil é de apenas 21%, muito abaixo do ideal, segundo
Divulgação

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do total de 2.457.450 entradas de processos trabalhistas entre no primeiro semestre de 2025 no Brasil, apenas 329.856 audiências conciliatórias foram realizadas. Esse número representa um índice conciliatório de apenas 21,07% nos últimos 12 meses. Para Lucas Pena, CEO da Pact Insights, legaltech especializada em redução de passivos trabalhistas, o número evidencia o desafio em consolidar uma cultura de acordos, mesmo diante do potencial de economia para empresas e da celeridade para o Judiciário.

“Falta estratégia e visão financeira no trato com ações trabalhistas. Há uma clara predisposição das partes em buscar acordos. O que ainda falta são parâmetros objetivos que façam as expectativas convergirem de forma viável para ambos os lados. Também é preciso reconhecer o esforço da Justiça do Trabalho e dos CEJUSCs em montar essas mesas de negociação e catalisar soluções definitivas para empregadores e ex-empregados. A cultura de conciliação precisa deixar de ser exceção para se tornar regra, e isso começa por dados, tecnologia e vontade de mudar”, afirma o executivo.

Entre os dias 26 a 30 de maio de 2025 aconteceu a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, uma mobilização nacional da Justiça do Trabalho para estimular acordos e reduzir a judicialização de conflitos. No total, foram realizadas 100.705 audiências, com a atuação de 11.098 magistrados, atendendo 472.086 pessoas. Ao todo, 34.568 processos foram conciliados, resultando em R$ 1.744.701.946,10 em valores negociados. 

Para Lucas Pena, os dados refletem uma tendência nacional de baixa efetividade na conciliação de passivos trabalhistas. “Temos uma justiça mais digital, mais segura e um cenário empresarial cada vez mais sensível a boas práticas de ESG. Isso exige uma mudança de mentalidade. O que estamos propondo é simples: que as empresas troquem litígio por governança, custo por oportunidade, incerteza por economia”, conclui o CEO da Pact.

Sobre o Grupo Pact Insights – A organização tem origem em 2018 com a criação da startup Pact, uma legaltch de passivo judicial corporativo. Com uma abordagem que une diagnóstico financeiro, compliance e negociação especializada, a empresa chegou a negociar mais de 2 mil acordos nos últimos três anos com mais de 700 advogados adversos, totalizando um risco transacionado superior a R$ 1 bilhão. Entre seus clientes estão Magazine Luiza, Votorantim, CVC, Raízen, iFood e MachadoMeyer. Junto à Legal Insights, a startup fundou em 2023 o Grupo Pact Insights, com serviços complementares para o setor jurídico das empresas. O Grupo faturou R$ 13,5 milhões em 2024 e projeta um faturamento de R$ 20 milhões para 2025. Saiba mais em: www.pactbr.com.


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VICTORIA APARECIDA DOS SANTOS BERNARDES DA SILVA
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FONTE: www.pactbr.com.
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