A Prefeitura de São Paulo tem recorrido ao transplante de árvores como alternativa ao corte em obras de grande impacto urbano. A técnica consiste em retirar exemplares adultos de áreas de intervenção e replantá-los em bosques da cidade, preservando suas funções ambientais e o valor paisagístico.
Nos últimos meses, espécies como pau-brasil, sibipiruna e goiabeira foram removidas de canteiros de obras, como o BRT Radial Leste e o reservatório da Mooca, e transferidas para áreas verdes em implantação, a exemplo dos bosques do Canário e do Macuco. O processo exige maquinário pesado, equipes especializadas e planejamento detalhado, já que árvores adultas podem atingir mais de dez toneladas.
De acordo com técnicos da Secretaria Municipal das Subprefeituras, as árvores transplantadas ajudam a manter habitats da fauna urbana e contribuem para a captura de dióxido de carbono em maior escala do que mudas jovens. O procedimento, no entanto, é caro e só pode ser realizado quando as condições estruturais e fitossanitárias da espécie permitem.
A iniciativa integra o programa de Bosques Urbanos, que já inaugurou dez áreas verdes e prevê outras 40. Além de preservar exemplares adultos, o projeto prevê o plantio de mais de 120 mil mudas, ampliando a cobertura vegetal, favorecendo a biodiversidade e colaborando para a redução da poluição atmosférica na capital