Demanda por bebidas com menos açúcar impulsiona inovação e substitutos naturais no setor

01/09/2025 12h13 - Atualizado há 9 horas

O aumento da procura por bebidas com baixo teor de açúcar ou com substitutos considerados mais saudáveis tem impulsionado a reformulação e o lançamento de novos produtos no mercado global e brasileiro. O setor movimentou US$ 28,7 bilhões em 2025 e deve alcançar US$ 45,6 bilhões até 2033, segundo a Market Mind Partners. Outras estimativas apontam que o mercado de bebidas zero açúcar pode atingir US$ 155 bilhões até 2032, enquanto o segmento sugar-free, avaliado em US$ 54,15 bilhões em 2022, projeta crescimento para US$ 275,5 bilhões até 2033, de acordo com a Business Research Insights.

No Brasil, a tendência está em expansão, acompanhada pela discussão sobre tributação diferenciada para produtos menos açucarados. Para João Carlos dos Santos, diretor executivo da Afabbra, a demanda crescente abre espaço para o uso de adoçantes naturais e inovação no desenvolvimento de bebidas que atendam consumidores mais exigentes, especialmente os jovens. Ele destaca que o desafio é unir viabilidade econômica, escala produtiva e experiência positiva para o consumidor, diante do apelo cada vez maior pela redução do consumo de açúcar.

A Softdrinks Tech 2025, realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, apresenta tecnologias e debates voltados a esse cenário. O evento conta com a participação de fornecedores de soluções como a Almendra, que atua com ingredientes de estévia para formulações personalizadas, e a Marine Sugar, que traz ao mercado uma alternativa competitiva em custo e aplicações diversas, com zero calorias e propriedades funcionais.

Segundo Marçal Galdino, Technical Sales Manager da Almendra, a substituição do açúcar por opções naturais acompanha mudanças no estilo de vida e auxilia no controle de doenças crônicas como obesidade e diabetes. Ele explica que a evolução tecnológica tornou a estévia mais acessível e sustentável, atendendo ao crescimento da demanda global por bebidas menos calóricas. Já Lauro Biachin, diretor da Marine Sugar, afirma que a solução pode reduzir em até 35% os custos de produção na indústria de refrigerantes com o seu produto produzido a partir de algas marinhas, ao simplificar processos logísticos e de fabricação.

As discussões e demonstrações da Softdrinks Tech reforçam o avanço da agenda de saúde e inovação no setor de bebidas, com representantes da indústria e especialistas destacando o papel de novas tecnologias e ingredientes no desenvolvimento de produtos que acompanham as mudanças de consumo.

Mais informações em: www.softdrinks.com.br
 

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RODRIGO SOARES DO VALLE
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