Visto Americano: por que se antecipar evita custos e aumenta as chances de aprovação

Por Dr. Murtaz Navsariwala, advogado especializado em imigração

JACY ABREU
01/09/2025 18h49 - Atualizado há 22 horas

Visto Americano: por que se antecipar evita custos e aumenta as chances de aprovação
Divulgação: Murtaz Law
A partir de 1º de outubro de 2025, os Estados Unidos passam a cobrar uma nova taxa na emissão de vistos de não-imigrante: a Visa Integrity Fee, no valor de US$ 250. A medida vai impactar diretamente turistas, estudantes e trabalhadores temporários. Para brasileiros que planejam visitar o país, a recomendação é clara: antecipar o pedido de visto pode evitar esse custo adicional e representar uma economia importante. No entanto, correr contra o relógio não resolve tudo. É preciso saber o que está fazendo e, principalmente, como se preparar para a etapa mais crítica de todo o processo: a entrevista consular.

O que muitos ainda não percebem é que a maioria das negativas não acontece por falta de documentação ou por algum erro técnico no formulário. O maior número de recusas está diretamente ligado ao comportamento do solicitante durante a entrevista. Falta de clareza nas respostas, contradições com o que foi declarado no formulário DS-160, posturas inadequadas ou ausência de vínculos fortes com o Brasil são fatores que, sozinhos ou combinados, costumam derrubar pedidos de visto com grande frequência.


A lógica da entrevista é pouco conhecida, mas fundamental de entender: todo solicitante de visto de não-imigrante é presumido, por lei, como alguém com intenção de imigrar para os Estados Unidos. Cabe ao próprio candidato provar o contrário. E essa prova se dá principalmente pela demonstração de que a ida ao país tem um objetivo legítimo e temporário — seja para turismo, estudo, negócios ou intercâmbio — e que há razões concretas para retornar ao Brasil. É aí que entram os chamados "vínculos fortes": emprego fixo, matrícula ativa em universidade, imóveis em nome próprio, familiares dependentes, obrigações profissionais. Mesmo que nem todos esses documentos sejam exigidos no guichê, estar preparado para apresentá-los transmite comprometimento e seriedade.

Outro ponto negligenciado com frequência é a apresentação pessoal. Muitos candidatos subestimam a importância da aparência e do comportamento diante do agente consular. A entrevista, embora breve, é uma ocasião formal. Estar vestido de forma respeitosa, com roupas discretas e postura adequada, faz diferença. Não se trata de impressionar, mas de demonstrar bom senso. Roupas excessivamente casuais, como regatas, chinelos ou bonés, assim como maquiagem exagerada ou acessórios chamativos, transmitem justamente o oposto da imagem que se deseja passar: a de responsabilidade e confiabilidade.

O conteúdo das respostas, por sua vez, deve ser simples, direto e coerente com o perfil apresentado. Não é o momento de improvisos nem de discursos ensaiados. Perguntas como “Qual o motivo da sua viagem?”, “Quanto tempo pretende ficar?”, “Quem está custeando a viagem?” ou “Qual é sua ocupação atual?” são corriqueiras e precisam ser respondidas com clareza. É surpreendente o número de pessoas que tropeçam em perguntas básicas ou tentam florear demais as respostas, criando confusão desnecessária. A melhor estratégia é sempre a mais honesta e objetiva.

Nervosismo é natural, mas não pode dominar o processo. O agente consular não está ali para criar obstáculos, mas para avaliar se o perfil do solicitante é compatível com os critérios do visto. Quando o candidato demonstra segurança, tranquilidade e domínio sobre suas próprias informações, transmite exatamente o que o consulado quer ver: alguém preparado, legítimo e com intenção clara de retorno ao país de origem.

O momento, portanto, exige mais do que pressa: exige atenção. Quem pretende viajar deve sim adiantar a solicitação do visto para evitar a nova taxa, mas precisa, acima de tudo, fazer isso com preparo. O consulado valoriza a coerência, a transparência e a organização. A entrevista é uma chance única, e é preciso tratá-la como tal.

Em um cenário de mudanças e custos adicionais, como a nova taxa consular, informação e preparo deixam de ser vantagem e se tornam obrigação. Quem pretende atravessar esse processo com segurança precisa entender que a entrevista não é um obstáculo, mas uma etapa estratégica — e que conduzi-la com responsabilidade é a diferença entre seguir viagem ou voltar à estaca zero. Antecipar-se, organizar-se e saber exatamente o que comunicar ao consulado é o que separa o visto aprovado da frustração desnecessária.

Sobre Murtaz Navsariwala
Advogado especializado em imigração para os Estados Unidos, Murtaz Navsariwala possui formação em Economia e História pela Northwestern University e doutorado em Direito pela Indiana University Bloomington.

Com mais de uma década de atuação e uma taxa de aprovação de 99,5%, lidera o escritório Murtaz Law, sediado em Illinois (EUA) e reconhecido por sua excelência em vistos de trabalho, com ênfase no EB-2 NIW. Sua formação multidisciplinar sustenta uma abordagem estratégica e sistêmica dos processos migratórios, oferecendo análises claras, técnicas e bem embasadas — mesmo em temas complexos ou controversos.


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JACYLETE MARIA ABREU DE OLIVEIRA
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FONTE: Murtaz Navsariwala, advogado especializado em imigração legal para os Estados Unidos
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