Nos últimos anos, o setor de telecomunicações tem assistido a uma revolução silenciosa: o avanço dos provedores regionais de internet. Com atuação focada em cidades médias e pequenas, essas empresas têm desempenhado um papel fundamental na democratização do acesso à internet de qualidade em todo o Brasil, desafiando a hegemonia das grandes operadoras.
De acordo com dados da Anatel, os provedores regionais já são responsáveis por mais de 50% da base de usuários de banda larga fixa no país. Essa virada no mercado é explicada por fatores como proximidade com o consumidor, agilidade na resolução de problemas, atendimento humanizado e investimentos constantes em infraestrutura, especialmente com redes de fibra óptica.
Para Neuber Fontoura, CEO da Explorernet — provedor com forte atuação em Goiás e no Distrito Federal — o avanço dos ISPs (Internet Service Providers) é resultado de um modelo de negócio mais adaptável e comprometido com o desenvolvimento local. “Estamos onde os grandes não chegam, e é exatamente isso que nos faz relevantes. Criamos conexão de verdade, não só de internet, mas com as comunidades em que atuamos”, afirma.
Com estrutura enxuta e foco regional, os ISPs conseguem operar com mais eficiência em áreas geográficas específicas, muitas vezes negligenciadas pelas grandes operadoras. Esse modelo contribui não apenas para a expansão da conectividade, mas também para o fortalecimento da economia local, com geração de empregos e estímulo ao empreendedorismo.
Outro diferencial dos provedores regionais é a capacidade de inovação. Muitas dessas empresas adotam tecnologias avançadas, como redes FTTH (fiber to the home), Wi-Fi 6 e monitoramento contínuo da rede, garantindo maior estabilidade, velocidade e segurança para os usuários. Isso aumenta a competitividade e eleva o padrão de qualidade do setor como um todo.
Segundo Fontoura, o crescimento sustentável do setor depende de investimento contínuo em tecnologia e pessoas. “Acreditamos que a excelência no serviço começa na valorização da equipe e na escuta ativa dos nossos clientes. É assim que conseguimos evoluir e conquistar novos territórios com responsabilidade”, destaca o executivo.
Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta desafios importantes, como a disputa por infraestrutura física (uso de postes, por exemplo), a complexidade regulatória e a necessidade de acesso a crédito para financiamento de expansão. Mesmo assim, a perspectiva é de crescimento contínuo, especialmente com a demanda crescente por conectividade em todos os segmentos da sociedade.
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PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
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