Segundo a executiva, muitos profissionais se dedicam de corpo e alma ao trabalho, mas acabam invisibilizados por não cultivarem relações ou por não tornarem claras as contribuições que oferecem.“No mundo real, reconhecimento não acontece por acaso, ele é fruto de consistência, entrega e conexão. Estar integrado à empresa significa construir pontes, gerar confiança e comunicar com clareza como o seu trabalho impulsiona os resultados coletivos.”
Essa invisibilidade é especialmente presente entre mulheres que têm essa dificuldade de autopromoção por se sentirem mais inseguras no ambiente de trabalho, ou por acharem que sempre estão em débito com alguma entrega. Segundo estudo da KPMG (2023), 75% das executivas de todos os setores já experimentaram a síndrome do impostor em suas carreiras, essa insegurança pode impactar diretamente na construção de relações no trabalho e na capacidade de viabilizar suas conquistas e potencial.
O medo de parecer arrogante ainda trava muitos talentos nessa estratégia. Mas, segundo a Head de Marketing do Infojobs, há formas eficazes e sutis de se tornar mais visível sem soar prepotente, driblando também a timidez. “Tudo depende do contexto e da intenção. Construir pontes e se posicionar com visibilidade nem sempre é fácil — pode até parecer exposição, principalmente para profissionais mais introvertidos ou tímidos. Mas quando você compartilha conquistas com o propósito de engajar, inspirar ou contribuir com o time, a percepção muda. Desenvolver essa mentalidade torna o processo mais natural e alinhado, mesmo diante do desconforto inicial”, afirma.
Recomendações da Head de Marketing do Infojobs para colocar em prática:
Outro diferencial competitivo importante é a construção de relações autênticas dentro da empresa. Em ambientes corporativos cada vez mais colaborativos, a capacidade de relacionamento é um ativo valorizado — e profissionais que constroem redes internas sólidas tendem a ser lembrados com mais facilidade.
“Relacionamentos genuínos contribuem para a reputação. E uma reputação positiva abre portas que a performance sozinha, às vezes, não consegue escancarar”, resume Monize Oliveira.
Por fim, ela reforça que o ambiente organizacional precisa dar suporte a esse processo. “Liderança e RH desempenham um papel fundamental na criação de ambientes seguros que promovam reconhecimento, troca e protagonismo. Quando o caminho para a visibilidade está claro e estruturado, reduz-se a sensação de que o profissional precisa ‘forçar a barra’ para ser notado. Mas como profissionais, ainda devemos ter em mente que esse protagonismo é principalmente nossa própria responsabilidade,” destaca.
Fica claro, portanto, que os resultados são essenciais, mas a visibilidade pode ser determinante, o desafio está em equilibrar entrega e exposição. Afinal, ser visto pode, sim, significar ser lembrado.
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NOELLE ISIDORO NEVES
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