SOS Alimentação Infantil: estratégias essenciais para garantir o crescimento saudável das crianças no Brasil
VICTóRIA RIBEIRO
26/08/2025 15h53 - Atualizado há 6 horas
Trustfuel
Por Beatriz Duarte, nutricionista da Trustfuel, marca especializada em suplementação alimentar
A discussão sobre a necessidade de se ter uma alimentação saudável na infância não é nova, porém os desafios são inúmeros, e um deles está relacionado à obesidade infantil. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2024, o Brasil poderá ter até 50% das crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos com obesidade ou sobrepeso em 2035. De acordo com o documento, a taxa anual de crescimento da obesidade em crianças e adolescentes brasileiros, entre 2020 e 2035, será de 1,8%. Em um contexto mais global, os países mais pobres são os mais afetados pela doença. Outro desafio é o acesso à alimentação saudável. Em território brasileiro, ainda predominam a desigualdade no acesso à alimentação saudável, o alto consumo de alimentos ultraprocessados, os desafios em regiões rurais e periferias urbanas – o acesso a alimentos frescos e saudáveis é mais limitado pela falta de mercados próximos, transporte ou recursos financeiros. Além disso, faltam mais iniciativas de incentivo à alimentação saudável e o impacto da pandemia tem ressonância nos dias de hoje, pois a maior crise sanitária global agravou as dificuldades de acesso a alimentos saudáveis, aumentando a insegurança alimentar em várias regiões do país. Somado a isso, há desinformação. Muitos pais não têm acesso a orientações de profissionais e de nutricionistas, o que acarreta maior chance de obter informações equivocadas ou dietas restritivas infundadas. E como consequência, há mitos sobre alimentação difundidos por todos os cantos. Por isso, é fundamental buscar informações confiáveis, como as orientadas por profissionais de saúde e fontes oficiais, para garantir uma alimentação equilibrada e saudável para as crianças. Procurando esclarecer algumas questões sobre alimentação infantil, não é fácil estabelecer uma rotina diária de bons hábitos, mas não é impossível. Existem, por exemplo, produtos que são ‘industrializados do bem’ que podem ajudar na alimentação dos pequenos. No mercado brasileiro, há bons produtos que seguem a linha de shakes com ingredientes naturais, livre de aditivos artificiais, com proteína vegetal e vitaminas e minerais essenciais para o crescimento saudável. Entrando no mérito da discussão sobre suplementação infantil, não se trata de produtos que venham a substituir os alimentos, mas o foco é ajudar a suprir o que não se consegue pela alimentação. A base da alimentação infantil precisa, de fato, de alimentos variados e equilibrados com a inserção de frutas, legumes, vegetais, proteínas, gorduras boas. A suplementação infantil acaba sendo necessária em casos em que há crianças com alguma restrição alimentar ou mesmo quando há uma seletividade alimentar, crianças que não comem determinados grupos de alimentos ou cores de alimentos -, pois tais fatos podem levar a uma deficiência de nutrientes, o que é identificável a partir de análise alimentar e de exames de sangue. Em suma, garantir uma alimentação saudável para as crianças é um desafio que exige atenção e dedicação, especialmente diante das desigualdades de acesso, do aumento do consumo de ultraprocessados e da disseminação de informações equivocadas. A combinação de orientações profissionais, o uso consciente de produtos complementares e a valorização de alimentos naturais e variados são estratégias essenciais para combater esses desafios. Investir na educação alimentar e no acesso a alimentos de qualidade é fundamental para garantir o crescimento saudável das futuras gerações e construir uma sociedade mais consciente e saudável. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VICTORIA RIBEIRO SOUZA
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