O Brasil identificou pela primeira vez, no Censo Demográfico 2022, 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que representa 1,2% da população. Os dados também apontam que a prevalência é maior entre homens (1,5%) do que entre mulheres (0,9%). Entre crianças de 5 a 9 anos, a taxa alcança 2,6%, sendo 3,8% entre meninos e 1,3% entre meninas.
Dentro desse cenário, compreender os níveis de suporte previstos pelo DSM-5 é fundamental para que pais e responsáveis possam identificar necessidades e buscar orientação profissional. Cada nível é definido pela intensidade de apoio necessário e pelos comportamentos característicos apresentados pela criança:
Para a neuropsicopedagoga Silvia Kelly Bosi, compreender essas diferenças ajuda a traçar caminhos de intervenção desde cedo. “Conhecer o nível de suporte auxilia famílias e profissionais a planejar estratégias adequadas e acompanhar a evolução da criança. Mas é importante ressaltar, esses níveis não devem ser vistos como rótulos, mas como uma forma de orientar a rotina, os estímulos e os cuidados oferecidos”, explica.
O Censo 2022 também mostrou que, apesar do número expressivo de diagnósticos, ainda existem barreiras importantes, como a desigualdade no acesso à educação inclusiva e a falta de apoio especializado, especialmente entre adultos com TEA. “O diagnóstico aliado à compreensão do nível de suporte é o primeiro passo para garantir um desenvolvimento mais saudável. Observar os sinais, buscar avaliação especializada e agir de forma precoce faz toda a diferença no fortalecimento da comunicação, da autonomia e da interação social das crianças”, destaca.
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JÚLIA KLAUS BOZZETTO
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