Os pets já não estão mais no quintal, agora vivem dentro de casa e até compartilham a cama com os tutores, em um novo conceito de família multiespécie. De acordo com a pesquisa da Petlove/ Quaest, 93% dos tutores consideram seus animais como membros da família. Com essa mudança de estilo de vida, o zelo com cães e gatos aumenta, o que é confirmado por outro dado do levantamento, já que 98% dos entrevistados afirmam que ter um pet demanda muito cuidado e responsabilidade.
Neste sentido, Murillo Trauer, diretor da vertical de serviços da Petlove e Pedro Risolia, médico-veterinário da empresa, explicam as modalidades de serviço e tendências que surgem com o avanço no cuidado com os animais:
Banho
Segundo o estudo da Petlove/ Quaest, 64% dos tutores levam o pet uma vez por mês ou mais ao banho, é um serviço de grande assiduidade e é o mais utilizado na plataforma da Petlove. “É válido checar com um veterinário a frequência indicada para o atendimento. Existem condições, como pelo e porte do pet, além do ambiente em que vive, que requerem maior cuidado neste sentido”, indica Murillo.
Pet Sitter
Nesta categoria, o cuidador se dirige até a casa do tutor. Por lá, ele pode interagir com o pet, oferecer comida, trocar o tapete higiênico ou limpar a caixa de areia. A visita dura cerca de uma hora, sendo essa uma alternativa rápida e que garante os cuidados básicos do animal. “É uma ótima opção para os tutores de gatos, já que os felinos costumam ser territorialistas. Assim, os bichanos se sentem mais confortáveis e mantêm seus hábitos diários sem estresse”, recomenda o diretor da Petlove.
Hospedagem e creche
São categorias de serviço idealizadas para que o animal se sinta confortável, tranquilo e que tenha suas necessidades supridas durante a ausência do tutor. Murillo Trauer conta que as modalidades são parecidas, com o diferencial de que a creche é mais utilizada no cotidiano, durante o período diurno, enquanto a hospedagem é mais utilizada em períodos longos, como finais de semana e feriados. “Dados da Petlove mostraram um crescimento de 54% na procura por cuidadores durante os períodos de férias e festividades prolongadas”, ressalta Trauer.
Fisioterapia
Segundo o veterinário Pedro Risolia, a prática é indicada a animais em diversas condições, como traumas, fraturas, lesões, outras enfermidades ortopédicas, neurológicas, obesidade, paresia e paralisia, além de problemas posturais. Risolia explica que a especialidade visa restaurar a capacidade funcional e melhorar a qualidade de vida dos animais.
“De acordo com nossa pesquisa, 22% dos tutores recorrem à fisioterapia veterinária para seus pets por, ao menos, uma vez por mês. É um dos serviços mais usados dentro da Petlove e pode ser realizado de maneira isolada ou complementar à algum tratamento”, aponta Murillo Trauer.
Acupuntura
De acordo com Risolia, a acupuntura veterinária, técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, e é uma terapia usada para o tratamento de cães e gatos, cujo objetivo é restabelecer o equilíbrio do organismo e promover o bem-estar dos animais, tratando e prevenindo diversas condições de saúde. “Os estímulos promovem uma série de reações fisiológicas, como a liberação de substâncias analgésicas e anti-inflamatórias (endorfinas e cortisol), que aliviam a dor, relaxam a musculatura e melhoram o funcionamento geral dos órgãos”, reforça o veterinário Pedro.
Assinaturas
A ideia de assinaturas no mercado pet, segundo o diretor da Petlove, surge da necessidade de criar conveniência, praticidade, recorrência, além de democratizar o cuidado com o pet, já que propõe custos acessíveis. “Esse tipo de iniciativa gera uma economia relevante, que pode chegar a centenas de reais, considerando uma frequência moderada. Ainda, algumas delas contam com calculadoras personalizadas, de modo que o tutor possa dimensionar o estilo de vida do pet e estimar seus gastos mensais e anuais. Os modelos disponíveis não se limitam apenas a produtos, existem opções que se estendem a serviços, trazendo facilidades ao tutor e potencializando empreendedores”, pontua.
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ANA FLÁVIA TIEMI ARAKAKI
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