O infarto agudo do miocárdio continua entre as principais causas de morte no Brasil. De acordo com o Portal da Transparência do Registro Civil, em 2023 foram registradas 77.330 mortes pela doença. Em 2024, o número se manteve alto, chegando a 77.477 óbitos.
O dado que mais preocupa é o impacto crescente entre pessoas jovens. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023 foram realizados 14,6 mil atendimentos ambulatoriais por infarto em pacientes de até 30 anos. No ano seguinte, esse número ficou em 13 mil casos, uma taxa ainda elevada para essa faixa etária. Entre adultos de 31 a 50 anos, houve aumento: de 283 mil atendimentos em 2023 para 320,8 mil em 2024. Nos atendimentos hospitalares, os registros em jovens ficaram em 1,6 mil casos em 2023 e 1,7 mil em 2024, enquanto entre 31 e 50 anos passaram de 23,8 mil para 24,8 mil casos.
O Dr. Victor Hugo Serafini Volpatto, cirurgião cardiovascular do Hospital do Coração do Grupo Santa Casa de Franca, explica que os números refletem mudanças de estilo de vida que impactam diretamente a saúde do coração. “Esse aumento de infartos em pacientes jovens reflete, em grande parte, um estilo de vida cada vez mais sedentário, a má alimentação, o tabagismo, especialmente pelos cigarros eletrônicos e o uso de hormônios anabolizantes. Esses fatores aceleram inflamação, aterosclerose, alteram o perfil de lipídios, elevam a pressão arterial e favorecem arritmias, criando um terreno propício para eventos cardiovasculares precoces”, afirma.
Segundo o especialista, os impactos vão além do evento imediato. “O dano ao músculo cardíaco após um infarto compromete a longevidade e a qualidade de vida. A perda de função contrátil, o remodelamento do ventrículo e a maior propensão a insuficiência cardíaca e arritmias significam limitações no dia a dia e maior risco de novos eventos. Reconhecer os sintomas e agir rápido é determinante para salvar o músculo cardíaco e anos de vida com qualidade”, complementa.
Sinais de alerta
Entre os fatores de risco mais comuns estão o sedentarismo, a má alimentação, o estresse crônico, o tabagismo com destaque para o aumento do uso de cigarros eletrônicos, o consumo excessivo de álcool, o uso de anabolizantes e a predisposição genética, como a hipercolesterolemia familiar. Em jovens, dois pontos preocupam especialmente: os cigarros eletrônicos e os anabolizantes. O uso de vapes provoca disfunção endotelial, estresse oxidativo e hiperatividade simpática, elevando a frequência cardíaca e a pressão arterial. Já os hormônios anabolizantes alteram o perfil lipídico, aumentam a pressão arterial, favorecem a trombose e aceleram a aterosclerose, podendo precipitar infarto até em pessoas sem doença coronariana prévia.
Os sinais de alerta para o infarto devem ser reconhecidos o quanto antes. Entre os mais frequentes estão dor ou pressão intensa no peito, que pode irradiar para braço, costas, pescoço ou mandíbula, falta de ar, sudorese excessiva, náuseas, vômitos, tontura, desmaio e ansiedade intensa. Em mulheres, idosos e pessoas com diabetes, os sintomas podem ser mais sutis, como desconforto abdominal, cansaço extremo ou mal-estar atípico.
Diante da suspeita de infarto, o recomendado é acionar imediatamente o SAMU, pelo telefone 192, e não dirigir até o hospital. Se houver orientação médica prévia, mastigar aspirina (AAS) pode ser considerado, mas a avaliação médica imediata é indispensável. O tempo é determinante: quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de salvar o coração e evitar sequelas.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia contra o infarto. Praticar exercícios regularmente, manter alimentação saudável, controlar o estresse, ter boa qualidade do sono, não fumar, evitar o consumo excessivo de álcool, não usar anabolizantes sem prescrição médica e realizar exames periódicos são medidas fundamentais para reduzir os riscos, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Referência regional no atendimento cardiológico
Referência regional no tratamento do infarto, o Hospital do Coração do Grupo Santa Casa de Franca foi inaugurado em 1988 e atende 21 municípios. Já realizou mais de 50 mil procedimentos e mantém uma média de 2 mil procedimentos especializados por ano, incluindo cirurgias cardíacas, angioplastias e exames de hemodinâmica. O hospital também dispõe do único serviço de ressonância magnética da cidade disponível pelo SUS, consolidando sua atuação como centro de referência para a população.
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