Madeira engenheirada: o futuro das cidades mais humanas e sustentáveis

*Por Ana Belizário

Caroline Baptista
18/08/2025 12h12 - Atualizado há 3 horas

Madeira engenheirada: o futuro das cidades mais humanas e sustentáveis
Divulgação
Como continuar desenvolvendo espaços urbanos sem comprometer o meio ambiente e, ao mesmo tempo, promover bem-estar para as pessoas que vão habitar esses lugares? A resposta está em inovações que conciliam desempenho, responsabilidade ambiental e conexão humana. É nesse cenário que a madeira engenheirada se consolida como uma solução transformadora para a construção civil.

Mais do que uma alternativa ao concreto e ao aço, a madeira engenheirada representa uma nova forma de pensar os espaços. Cada metro cúbico do material pode armazenar, em média, até uma tonelada de CO₂ equivalente, contribuindo significativamente para a redução da pegada de carbono na construção civil.

Mas os benefícios vão além da sustentabilidade. A madeira oferece algo que poucos materiais conseguem entregar: a capacidade de criar ambientes acolhedores. Estudos apontam que o contato com superfícies naturais ativa respostas fisiológicas que reduzem o estresse e melhoram o estado emocional. Uma pesquisa da Universidade de British Columbia, por exemplo, mostra que a presença de madeira nos ambientes pode diminuir a frequência cardíaca e a pressão arterial, promovendo um efeito calmante no cérebro.

Esse impacto não é coincidência. A madeira remete à natureza, à nossa ancestralidade, ao abrigo, por isso, humaniza os espaços. A biofilia, conceito que destaca a importância da conexão com elementos naturais, é um princípio cada vez mais valorizado na arquitetura contemporânea, especialmente em escolas, hospitais, centros comunitários e áreas comuns de empreendimentos residenciais.

A madeira engenheirada surpreende não só pelo visual e sustentabilidade, mas também por sua robustez , versatilidade e seu excelente desempenho técnico.. Soluções como CLT (Cross Laminated Timber, ou madeira lamelada colada cruzada, em português) e Glulam (Glued Laminated Timber, ou madeira lamelada colada, em português) são compostas por camadas de lamelas  coladas, o que garante alta resistência estrutural. A montagem é rápida – até 40% mais ágil do que os métodos convencionais, segundo dados da WoodWorks – e há redução de resíduos no canteiro de obras.

Projetos emblemáticos como o Lubber Run Community Center (EUA), o Tom Lee Park (Canadá) e o Open Mall Praça Pitiguari (em construção em Atibaia, em São Paulo) mostram como é possível aliar estética, funcionalidade e impacto ambiental positivo. São espaços públicos que convidam à convivência, promovem a biofilia  e valorizam a experiência coletiva.

Escolher a madeira engenheirada é, acima de tudo, escolher cidades mais gentis. Cidades onde o concreto cede espaço à natureza, onde o ambiente constrói memórias afetivas e onde a técnica e a beleza caminham juntas. E, principalmente, onde cada projeto é um passo rumo a um futuro mais sustentável e mais humano.

*Ana Belizário é diretora comercial da Urbem, indústria brasileira de madeira engenheirada de larga escala, que atua no setor da construção civil, focada em oferecer produtos e serviços inovadores e sustentáveis.

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CAROLINE VASCONCELOS BAPTISTA
[email protected]


Notícias Relacionadas »