Especialista em Cultura Oceânica participa de evento internacional na Baixada Santista
Consultora Internacional e referência global na literacia oceânica, Ana Vitória Tereza de Magalhães participará da Advanced School of Ocean Literacy, que acontece de 18 de agosto a 1º de setembro
ROBERTA LEMOS
18/08/2025 16h31 - Atualizado há 1 dia
Divulgação
A especialista internacional em Cultura Oceânica, Ana Vitória Tereza de Magalhães, que atuou em projetos com a Organização das Nações Unidas (ONU), Unesco e no desenvolvimento da Rede Global de Escolas Azuis, vai participar do evento Escola Avançada de Cultura Oceânica (em inglês, Advanced School of Ocean Literacy). A iniciativa acontece de 18 de agosto a 1º de setembro, sendo que os quatro primeiros dias do congresso ocorrem no Sesc Bertioga, e os demais, no Bourbon Convention Hotel, em Santos. Organizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o congresso reunirá estudiosos, pesquisadores e estudantes para discutir estratégias globais para o segmento. Para Ana Vitória, é essencial que a cultura oceânica, tema central do evento, aborde temas como “a cultura das comunidades costeiras, o currículo azul nas escolas, a economia azul e a necessidade de foco nas mulheres que atuam no setor”. Ainda, ela ressalta que a cultura oceânica “vai muito além da educação formal, pois envolve conhecimentos científicos, saberes tradicionais, práticas culturais, espirituais e sociais que moldam a forma como comunidades de todo o mundo se relacionam com o mar. Incorporar essa dimensão às decisões políticas, econômicas e ambientais é essencial para garantir um futuro sustentável e inclusivo para o oceano e para as pessoas que dele dependem”. Além disso, a especialista destaca a necessidade de incluir diferentes perspectivas no debate. Um dos pontos a serem discutidos, em seu entendimento, é a participação feminina na chamada economia azul. “As mulheres atuam como cientistas, inovadoras e empreendedoras. Elas também são guardiãs, e tem saberes sobre o lar passados de geração em geração, preservando práticas tradicionais e liderando ações comunitárias invisíveis aos indicadores econômicos. Devemos caminhar no sentido de tornar esse trabalho visível, gerando justiça social, ambiental e cultural”. Outro ponto que Ana Vitória faz questão de frisar é que a promoção da cultura oceânica deve caminhar lado a lado com as transformações essenciais para a sustentabilidade. “A economia azul precisa estar mais atenta aos valores imateriais do oceano presentes em nossa sociedade. É possível realizar intervenções, como obras e projetos, sem apagar os valores, símbolos e tradições que moldam a relação das comunidades com o mar. Quando protegemos o patrimônio cultural ligado ao oceano, o chamado património azul, fortalecemos a identidade e a resiliência dessas populações diante das mudanças ambientais, climáticas e econômicas”, defende. Em sua trajetória, além de sua atuação como consultora em cultura oceânica para organismos internacionais, Ana Vitória já colaborou com a Comissão Europeia e desenvolveu projetos voltados à integração do oceano em políticas educacionais e culturais. Mineira de nascimento e, agora, residente em Açores, em Portugal, ela vem atuando há mais de dez anos na intersecção entre cultura, educação e sustentabilidade marinha, com foco na valorização de comunidades costeiras e na promoção de uma economia oceânica inclusiva e regenerativa. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ROBERTA MARTINI SCHWINZER LEMOS
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