A revolução do autoatendimento: como a praticidade redefine o consumo urbano

Setores de lavanderia e varejo autônomo registram expansão acelerada com soluções 24 horas e pagamentos digitais

ISABELA LOPES
18/08/2025 14h56 - Atualizado há 3 horas

A revolução do autoatendimento: como a praticidade redefine o consumo urbano
Alta Divulgação

A vida nas grandes cidades é sinônimo de ritmo acelerado, e a busca por soluções que otimizem o tempo e ofereçam conveniência nunca foi tão intensa. Nesse cenário, o autoatendimento surge como uma verdadeira revolução, redefinindo a forma como se consome e interage com os serviços urbanos. De lavanderias a minimercados, a autonomia e a agilidade se tornam os pilares de um novo modelo de consumo.

O modelo de lavanderia self-service, totalmente automatizado e muitas vezes com operação 24 horas, está em plena ascensão no Brasil. Com cerca de 3 mil unidades já operando nesse sistema, especialmente em centros urbanos, o setor projeta dobrar o uso desse serviço até 2030. Essa expansão acompanha uma tendência global, já que este mercado, avaliado em US$ 4,5 bilhões em 2024, deve atingir US$ 7,2 bilhões até 2033, impulsionado pela conveniência e tecnologia, como aplicativos de pagamento e máquinas conectadas que otimizam a experiência do usuário.

A Maria Express, uma rede de lavanderias self-service, é um exemplo dessa modalidade no país. Em apenas dois anos de operação, a empresa atendeu mais de 100 mil clientes e expandiu sua presença para 153 municípios, totalizando mais de 200 unidades. De acordo com o CEO da empresa, André Belarmino, o crescimento do setor reflete as mudanças no estilo de vida urbano.

"Hoje, as pessoas moram em espaços menores, e a lavanderia se tornou um desafio. A redução na contratação de empregadas domésticas também impulsionou a busca por terceirização de tarefas. Além disso, notamos um novo perfil de consumidor: solteiros, casais jovens e até mesmo residentes temporários buscam soluções flexíveis, sem burocracia, que se encaixem na rotina agitada da cidade”, afirma Belarmino.

Outra tendência que vem ganhando espaço no autoatendimento são os minimercados autônomos, também chamados de honest market. Sem funcionários por perto, esses espaços funcionam a partir da tecnologia, permitindo que o cliente escolha o que deseja, pague pelos totens digitais e leve os produtos sem precisar passar por um caixa tradicional. Esse modelo tem conquistado cada vez mais espaço em condomínios, empresas e academias, onde praticidade e agilidade fazem toda a diferença no dia a dia.

Com o crescimento acelerado desse setor, empresas de tecnologia têm desempenhado um papel central na sua consolidação. A AMLabs, por exemplo, é responsável pela operação de mais de 13 mil pontos de venda em todo o país e acompanha de perto essa transformação do varejo.

Para o CEO da companhia, Leandro Fidelis, o avanço do modelo no país representa uma mudança definitiva nos hábitos de consumo. “Estamos vivendo um momento único de expansão do mercado de honest market no Brasil. A tecnologia que desenvolvemos já está presente em milhares de pontos, facilitando a vida dos consumidores e transformando o varejo tradicional”, explica Fidelis.

Já consolidado em países como China e Estados Unidos, o modelo de honest market chegou ao Brasil como uma grande aposta durante a pandemia e rapidamente se integrou à rotina dos consumidores. De acordo com estudo da Fortune Business Insights, o mercado global de self-checkout, avaliado em US$ 4,8 bilhões em 2023, deve alcançar US$ 13,9 bilhões até 2030. No cenário nacional, a expectativa é que o setor cresça mais de 350% nos próximos anos.
 

Perfil do consumidor do autoatendimento urbano

O consumidor que adota o autoatendimento em serviços como lavanderias self service e minimercados autônomos compartilha características marcantes, moldadas pela dinâmica da vida moderna. “Este perfil é predominantemente urbano, jovem e conectado à tecnologia, com um estilo de cotidiano agitado que exige soluções que otimizem seu tempo e simplifique sua rotina”, avalia Leandro Fidelis, CEO da AMLabs Ventures.

São indivíduos que valorizam a liberdade de horários e a independência, buscando a praticidade e a agilidade em suas interações de consumo. Além da conveniência, este público demonstra uma forte valorização pela transparência, confiança e honestidade nas operações, preferindo modelos de venda que oferecem autonomia na tomada de decisão. A experiência digitalizada, a ausência de barreiras (como a necessidade de cadastro ou contratos) e o custo-benefício são fatores que combinam com suas necessidades e expectativas.
 

O futuro do autoatendimento no consumo urbano

A digitalização dos serviços urbanos, a integração com aplicativos, a automação total e a inteligência artificial prometem tornar o autoatendimento ainda mais acessível e sem fricção. Para 2025 e os próximos anos, espera-se a expansão de franquias e soluções escaláveis, fazendo com que o modelo se torne ainda mais disseminado, com opções para diferentes nichos e locais.

“Haverá um maior foco em autonomia e experiências tecnológicas, onde os consumidores que valorizam a independência e a tecnologia serão cada vez mais o centro das estratégias. Por fim, prevê-se a consolidação do autoatendimento como rotina, impulsionado por mudanças de comportamento, redução de espaços e valorização da praticidade, tornando-o parte integrante do dia a dia urbano”, conclui Belarmino.


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Isabela Brito Lopes
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