Por Roberto Otake, CEO da Sakura Alimentos
Nos últimos anos, o setor alimentício tem vivido mudanças consistentes. O avanço tecnológico, a popularização do comportamento em rede e o olhar mais atento do consumidor para as origens dos produtos transformaram a forma como as marcas se posicionam. Não basta mais entregar qualidade, é preciso demonstrar e reforçar o sentido, contexto e diálogo.
Esse cenário exige algo que, para muitas empresas, ainda soa desafiador: personalizar sem perder coerência. Ou seja, entender hábitos, identificar padrões e ajustar experiências, tudo isso mantendo intactos os atributos que sustentam a reputação da marca.
Na Sakura, essa consciência nos levou a aprofundar ainda mais os perfis de nossos produtos, inclusive de nosso item mais icônico: o shoyu. Nosso molho sempre foi elaborado com base de soja e milho, uma fórmula que, ao longo dos anos, se mostrou naturalmente alinhada ao paladar brasileiro e, por não conter trigo, atende também ao público que busca opções livres de glúten. Essa característica, que nasceu da nossa própria tradição inovadora, acabou se revelando um diferencial valioso no mercado atual.
Mais recentemente, essa trajetória de inovação ganhou um marco importante com o desenvolvimento do Sakura Kin, um shoyu nobre, fermentado por nove meses, que combina tecnologia de ponta e rigor artesanal para atingir um sabor mais complexo e intenso. Investimos seis anos em pesquisa e aperfeiçoamento até chegar à fórmula ideal, hoje protegida por patente internacional, uma conquista inédita no setor. O Sakura Kin traduz como tradição e inovação podem coexistir com propósito.
A busca por adaptação também exige visão sobre comportamento. Os consumidores mudaram e continuam mudando. São cada vez mais exigentes e interessados em se conectar com marcas que compartilham seus valores. Por isso, cada vez mais, nossas decisões são orientadas por dados, combinados com escuta social e observação do cotidiano real.
Essa abordagem é confirmada por dados do estudo "This Next in Personalization 2021 Report", da McKinsey & Company, que apontam que 76% dos consumidores se sentem frustrados quando a experiência de marca não é personalizada. E mais: as empresas que investem em personalização crescem 40% mais rápido do que aquelas que não fazem esse movimento. O recado é claro: personalizar deixou de ser um diferencial e passou a ser um fator crítico de competitividade.
Investir em personalização não significa diluir identidade. Pelo contrário: é uma forma de aprofundá-la. Criar soluções alinhadas ao momento de vida do público, manter coerência em cada contato, traduzir tendências com responsabilidade. Tudo isso fortalece vínculo, valor e lembrança.
No setor de alimentos, onde sabor e memória caminham juntos, essa consistência é ainda mais importante. Não estamos lidando apenas com produto, mas com afeto, cultura e rituais. Por isso, o espaço que uma marca ocupa na mesa é conquistado com sensibilidade e visão estratégica.
Acredito que a liderança, nesse novo contexto, será mantida por quem souber equilibrar inovação com origem. Por quem adapta, mas não se descaracteriza. Por quem ouve, mas não se dispersa. Por quem evolui, sem apagar o que construiu.
Adaptar com propósito não é apenas responder ao mercado. É inspirar e liderar novas tendências, reafirmando compromisso com quem já confia na marca e com quem está por vir.
Sobre o autor:
Roberto Otake é CEO da Sakura Alimentos, empresa brasileira especializada na produção de molhos e produtos para culinária asiática. À frente da companhia, conduz estratégias de inovação, escuta ativa e posicionamento de marca com foco na relevância contínua da Sakura no mercado nacional.
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GIULIA PINA OLIVEIRA
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