Entenda o papel da radioterapia no tratamento de tumores de cabeça e pescoço

Radioterapia é uma das modalidades terapêuticas mais importantes para esses tipos de tumor

HEVERSON BAYER | BAYER, CAMPOS COMUNIAçãO
28/07/2025 07h53 - Atualizado há 14 horas

Entenda o papel da radioterapia no tratamento de tumores de cabeça e pescoço
Divulgação.

O câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais incidente no Brasil, em ambos os gêneros, causando cerca de 10 mil mortes ao ano. Dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA apontam que, em média, 76% dos casos só são diagnosticados em estágio avançado, o que dificulta o tratamento e pode elevar a taxa de mortalidade.

A campanha Julho Verde visa à conscientização, prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço; tipo de tumor maligno que se desenvolve na região da boca, orofaringe, laringe, nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço, tireoide, couro cabeludo, pele do rosto e do pescoço. A campanha foi criada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) em 2015.

Tratamento com Radioterapia

O câncer de cabeça e pescoço pode ser tratado com radioterapia, e essa é uma das modalidades terapêuticas mais importantes para esses tipos de tumor.

Ela pode ser usada:

√ Como tratamento principal (definitivo), muitas vezes em associação com quimioterapia;

√ Após cirurgia (adjuvante), com objetivo de reduzir o risco de recidiva local;

√ Tratamento paliativo, para controlar sintomas em estágios avançados.

“A grande maioria dos nossos casos são tratados com a técnica de VMAT, que é basicamente o IMRT em arco (Radioterapia de Intensidade Modulada). Ela modula a intensidade da radiação em diferentes áreas do campo de tratamento, o que é essencial em regiões como cabeça e pescoço, onde há muitos órgãos sensíveis (glândulas salivares, medula espinhal, boca, garganta) e também ajuda a reduzir os efeitos colaterais como boca seca (xerostomia) e disfagia. Além disso, a equipe também acompanha a evolução do tratamento com sistemas de imagens que permitem saber se o tumor está respondendo e se precisamos fazer um replanejamento para readequar o mesmo a mudança anatômica que o paciente sofre durante o tratamento (geralmente emagrecem ou as lesões diminuem de tamanho”, aponta Hugo Veroneze Toledo, físico médico do Oncoville, clínica de radioterapia.

A escolha da técnica adotada depende da localização exata e estágio do tumor bem como o estado geral do paciente, além da verificação da existência de cirurgia prévia.


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