A forma como lidamos com a saúde está mudando. Se antes a medicina era voltada principalmente ao tratamento de doenças, hoje cresce um novo olhar: o da saúde preditiva, que foca na prevenção e na antecipação de riscos antes mesmo que os sintomas apareçam. Por meio de exames laboratoriais, acompanhamento contínuo e análise de dados, é possível entender predisposições genéticas, hábitos de vida e fatores ambientais que podem influenciar no desenvolvimento de doenças crônicas, cardiovasculares, metabólicas, neurológicas, entre outras.
Com o avanço da tecnologia e da medicina personalizada, a saúde preditiva está se consolidando como um novo paradigma na busca por mais qualidade de vida, longevidade e bem-estar. “A saúde preditiva representa uma mudança fundamental, tirando o paciente de uma posição reativa e o colocando em uma jornada de cuidados. É como se olhássemos para o corpo como um ecossistema, e não apenas como um conjunto de partes que tratamos quando algo dá errado”, afirma o Dr Fábio Gabas, médico e fundador da HMetrix, empresa especializada em predição, prevenção e promoção de saúde integral.
A saúde preditiva começa com uma avaliação completa do paciente, que pode incluir, testes laboratoriais, análise de marcadores inflamatórios, hormonais e metabólicos, avaliação da composição corporal, hábitos comportamentais e até mesmo opcionalmente exames genéticos. Com base nesses dados, é criado um plano de ação que pode envolver mudanças na alimentação, na rotina de sono, na prática de atividades físicas, além do uso de suplementos, vitaminas ou medicamentos quando necessário. Tudo é acompanhado de forma contínua, com reavaliações periódicas e apoio de profissionais de diversas áreas da saúde.
Mais do que um conjunto de exames, trata-se de uma abordagem que combina ciência, tecnologia e acompanhamento individualizado para mapear riscos e desenvolver planos de ação sob medida para cada pessoa. “Não existe fórmula pronta, cada indivíduo é único, e é justamente isso que a saúde preditiva valoriza: uma medicina baseada na singularidade de cada paciente e não apenas em protocolos generalistas”, reforça Gabas.
Esse novo modelo de cuidado tem chamado a atenção de pessoas que buscam não apenas tratar doenças, mas viver de forma mais saudável, com mais energia e menos intervenções médicas invasivas. Em vez de esperar que sinais como fadiga constante, alterações hormonais ou problemas cardiovasculares se agravem, a saúde preditiva permite monitorar indicadores com frequência e agir com antecedência, com escolhas conscientes, acompanhamento profissional e informação de qualidade.
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MARIANA ASSIS PACE
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