Nesta sexta-feira (25), é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, data que também homenageia, no Brasil, a líder quilombola Tereza de Benguela. A ocasião tem se consolidado como um momento de reflexão sobre os impactos do racismo e da desigualdade social, especialmente para as mulheres negras. Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) aproveita a data para reforçar a importância de políticas públicas que levem em conta as especificidades dessa população.
A SMS mantém a Área Técnica da Saúde da População Negra, que atua com foco em doenças mais prevalentes entre pessoas pretas e pardas, como hipertensão, diabetes e doença falciforme. Segundo dados do IBGE, a população negra representa mais da metade dos brasileiros e, na capital paulista, as mulheres negras somam quase 23% dos habitantes. Esse recorte é fundamental para que os serviços de saúde sejam mais eficazes e direcionados.
Para qualificar o atendimento, o município implementou o quesito raça/cor nos sistemas de informação em saúde. Essa identificação, feita por autodeclaração, permite dimensionar com mais precisão as demandas específicas da população. A medida é considerada estratégica para o desenvolvimento de ações que promovam a equidade dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
A data também será marcada por um evento promovido pela SMS, com atividades voltadas às profissionais negras da rede municipal. Além de prestar reconhecimento, a programação busca fortalecer o diálogo sobre racismo institucional e práticas de cuidado mais inclusivas. A Prefeitura de São Paulo reforça ainda os canais de denúncia contra discriminação racial, como o Portal 156 e o e-mail [email protected].
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