Com poucos profissionais, psiquiatria da infância e adolescência enfrenta desafios no Brasil

Dados do estudo Demografia Médica mostram que existem 827 psiquiatras da infância e adolescência certificados no país; oferta de cursos lato sensu contribui para suprir lacuna na qualificação médica e ampliar o cuidado especializado a crianças e adolescentes

SOPHIA MUNIZ - (11) 98918
08/07/2025 11h11 - Atualizado há 7 horas

Com poucos profissionais, psiquiatria da infância e adolescência enfrenta desafios no Brasil
Divulgação: Freepik

Com poucos profissionais, psiquiatria da infância e adolescência enfrenta desafios no Brasil

Dados do estudo Demografia Médica mostram que existem 827 psiquiatras da infância e adolescência certificados no país; oferta de cursos lato sensu contribui para suprir lacuna na qualificação médica e ampliar o cuidado especializado a crianças e adolescentes

São Paulo, julho de 2025 – O Brasil conta atualmente com 6,69 psiquiatras por 100 mil habitantes, número abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estimada em cerca de 14 profissionais para a mesma população. Os dados são do estudo Demografia Médica no Brasil 2025, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde.

Dentro desse cenário, a psiquiatria da infância e adolescência, subespecialidade que requer formação complementar, enfrenta obstáculos adicionais. De acordo com o Dr. Marcelo Generoso, médico e coordenador da Pós-Graduação em Psiquiatria da Infância e Adolescência da Afya Educação Médica em São Paulo, o número de vagas para residência médica nessa área ainda é restrito e concentrado regionalmente, dificultando o acesso à formação especializada. “Além disso, é uma área que exige competências específicas, como a habilidade de dialogar com crianças, adolescentes, famílias e instituições escolares, o que pode gerar insegurança para profissionais que não passaram por uma formação adequada”, explica o especialista.

Mais de 1 milhão de crianças e adolescentes dentro do Espectro Autista no país

A carência de profissionais qualificados é ainda mais crítica diante do aumento dos diagnósticos de transtornos do neurodesenvolvimento. Segundo o Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 1 milhão de crianças e adolescentes brasileiros entre 0 e 14 anos foram diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A maior prevalência ocorreu na faixa etária de 5 a 9 anos (2,6%), seguida pelas de 0 a 4 anos (2,1%) e de 10 a 14 anos (1,9%).

O diagnóstico precoce é um fator decisivo para o desenvolvimento e a qualidade de vida dessas crianças. “Sabemos que intervenções precoces, especialmente aquelas voltadas ao desenvolvimento de habilidades sociais e comunicativas, são determinantes para o prognóstico do TEA. A atuação de profissionais capacitados é essencial para garantir abordagens baseadas em evidências e ajustadas às necessidades individuais”, destaca o Dr. Marcelo Generoso.

Além do TEA, transtornos como TDAH, ansiedade e depressão também são frequentes na infância e adolescência, exigindo avaliação e acompanhamento especializados. “Esse é um período crítico de formação emocional, social e cognitiva. Quando transtornos não são identificados e tratados precocemente, os prejuízos podem se agravar”, acrescenta.

Os cursos de pós-graduação lato sensu têm se consolidado como uma alternativa viável para médicos que desejam se qualificar na área de psiquiatria da infância e adolescência. Com 20 unidades em todo o país, a Afya Educação Médica oferece atualmente mais de 70 cursos de pós-graduação, com destaque para os programas em psiquiatria e psiquiatria da infância e adolescência. Além da qualificação técnica, esses cursos também geram impacto social relevante: somente em 2024, as unidades da Afya realizaram cerca de 50 mil atendimentos médicos gratuitos, dos quais aproximadamente 10% foram de crianças e adolescentes.

Sobre a Afya   
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br  e ir.afya.com.br.   
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