Alérgicos à mesa: o que é preciso saber para comer com segurança?
Nesta terça, 08 de julho, celebra-se o Dia Mundial da Alergia, uma data dedicada a promover a conscientização sobre a prevalência e a seriedade das alergias, em especial a Alergia Alimentar que afeta milhões de pessoas, globalmente, podendo causar reações que variam de leves, como rouquidão, até a anafilaxia, que pode ser fatal, se não houver socorro imediato.
Edna Vairoletti
07/07/2025 16h27 - Atualizado há 13 horas
Imagem Freepik
Especialista explica os cuidados e riscos para a saúde
Nesta terça, 08 de julho celebra-se o Dia Mundial da Alergia, uma data dedicada a promover a conscientização sobre a prevalência e a seriedade das alergias, e uma das mais comuns é a Alergia Alimentar, que afeta milhões de pessoas, globalmente, podendo causar reações que variam de leves, como rouquidão, até a anafilaxia, que pode ser fatal, se não houver socorro imediato. Nas últimas décadas, tem-se observado um crescimento no número de casos, em todo o mundo e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 200 e 250 milhões de pessoas sofrem com algum tipo de alergia alimentar. A condição afeta, principalmente, crianças de zero a seis anos de idade, mas adultos e idosos não estão isentos do risco, pois é uma resposta adversa do sistema imunológico a determinados alimentos. Estima-se que mais de 120 tipos de alimentos possam causar reações alérgicas. “A alimentação é a base da nossa saúde. Por isso, pacientes com alergia alimentar representam um grande desafio, inclusive para a saúde pública. No Brasil, os dados ainda são limitados e restritos a alguns grupos populacionais, o que dificulta uma avaliação mais precisa da nossa realidade. Mas sabemos que os casos têm aumentado de forma exponencial, e os alimentos envolvidos são comuns no nosso dia a dia, como leite de vaca, ovo de galinha, crustáceos, peixe, soja e trigo”, alerta o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e palestrante do CBN 2025. O especialista esclarece as perguntas mais frequentes. Quais os principais alimentos que podem causar alergia? Leite de vaca, ovo, amendoim, oleaginosas (como nozes e amêndoas), peixes, crustáceos, trigo e soja estão entre os principais desencadeadores. Quais as causas? A predisposição genética é um fator importante. Cerca de 50% a 70% dos pacientes possuem histórico familiar de alergias. E os sintomas mais comuns? As reações podem variar de pessoa para pessoa, surgindo logo após a ingestão ou algumas horas depois. Os sintomas podem incluir: - Pele: inchaço, coceira, vermelhidão.
- Trato gastrointestinal: vômitos, diarreia, dor ou distensão abdominal.
- Sistema respiratório: tosse, espirros, dificuldade para respirar.
- Casos graves: fechamento da glote, queda de pressão, e em situações extremas, parada cardíaca.
Como é feito o diagnóstico? Por meio de uma avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais de sangue, diário alimentar e testes de exclusão dos potenciais alimentos causadores da alergia, sempre orientados por um profissional de saúde. É importante ler os rótulos dos alimentos? A leitura atenta dos rótulos é fundamental para evitar o consumo acidental de alérgenos. Deve se tirar qualquer dúvida, antes do consumo. Cozinhar em casa elimina os riscos? Mesmo em casa, é preciso atenção à contaminação cruzada. Utensílios, panelas e superfícies devem ser bem higienizados e lavar bem as mãos antes de preparar alimentos é essencial. E ao comer na rua? É importante sempre comunicar ao estabelecimento sobre a alergia. Isso vale para restaurantes, lanchonetes e até voos. Perguntar sobre os ingredientes dos pratos ajuda a evitar riscos. Como agir em uma emergência? Pessoas com histórico alérgico grave geralmente carregam medicamentos prescritos, para serem usados nas crises. Sempre deve se buscar ajuda médica, o mais rápido possível, principalmente diante de uma gravidade, como a anafilaxia, que tem um início súbito, pois o corpo reage de forma exagerada ao alérgeno (o alimento) e pode afetar vários sistemas do organismo e causar sintomas sérios, como dificuldade respiratória, inchaço, queda da pressão arterial e até uma parada cardíaca. Há cuidados especiais com as crianças? Crianças precisam ser orientadas pelos pais e aprender, precocemente, a identificar e evitar o que não podem comer e entender que não devem compartilhar alimentos na escola ou em outros ambientes sociais — uma tarefa que exige paciência e apoio. Professores e funcionários das instituições de ensino são importantes aliados e necessitam estar cientes sobre as alergias da criança, para saberem como agir, em caso de emergência. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
EDNA APARECIDA VAIROLETTI
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FONTE: www.vspresscomunicacao.com.br