Chamamento geral
COP30
Renato Nalini
30/06/2025 16h07 - Atualizado há 10 horas
Domínio Público
Este ano o Brasil recebe o encontro anual da ONU para tratar das questões ambientais. É a COP-30, prevista para novembro em Belém do Pará. Só que mais de oitenta e cinco por cento da população brasileira mora em cidades. E a maior cidade do Brasil não pode deixar de participar desse evento. Com esse intuito, o Prefeito Ricardo Nunes constituiu uma Comissão cujo propósito é suscitar na sociedade civil o interesse por discutir as questões da emergência climática em nossa capital. Todos estão chamados a participar dessa empreitada. Fazer palestras, formar grupos de discussão, sugerir que as comunidades frequentadas – clubes, igrejas, associações, sindicatos, escolas, empresas – também promovam debates para que todo cidadão faça uma reflexão. O que tenho a ver com as mudanças climáticas? Posso fazer alguma coisa para tornar a minha cidade mais resiliente, ou seja, capaz de suportar os fenômenos extremos sem ter de encarar mortes, desabamentos e outras tragédias? Para inspirar a participação, mencionem-se os três “vilões” causadores do efeito-estufa, gerador do aquecimento global que ocasiona as emergências climáticas em São Paulo: o trânsito, a energia estacionária e os resíduos sólidos. Você sabia que nossa cidade produz 18 mil toneladas de resíduos – antigamente chamávamos “lixo”... – por dia? Algo que todos podemos fazer é comprar menos, desperdiçar menos, separar aquilo que descartamos, de forma que os resíduos orgânicos sejam utilizados para a produção de biometano, um gás natural não fóssil, que pode abastecer veículos e substituir o venenoso diesel. Outra coisa à nossa altura e capacidade: gastar menos água e menos energia elétrica. Andar mais a pé. Usar bicicleta. Usar as escadas, de preferência ao elevador. E, principalmente, plantar árvores. A árvore é a maior amiga da vida. Ela pode devolver à cidade o seu microclima tão agradável que possuía a garoa como símbolo paulistano. Se você ajudar, São Paulo pode voltar a ser a “São Paulo da garoa”, não a “São Paulo das tempestades”, dos vendavais e das rajadas de vento que arrancam árvores saudáveis, expondo suas raízes e, infelizmente, causando até mortes indesejáveis e desnecessárias. *José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
LUCIANA FELDMAN
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