Beleza além dos grandes centros: pacientes deixam as capitais e buscam cirurgia plástica no interior do país

Com atendimento personalizado, cidades do interior atraem brasileiros em busca de cirurgias plásticas e desafiam a ideia de que excelência só se encontra nas metrópoles

THAISE GUIDINI
22/08/2025 16h46 - Atualizado há 6 horas

Beleza além dos grandes centros: pacientes deixam as capitais e buscam cirurgia plástica no interior do país
Pexels
 

Vitor André, 27, não viajava a lazer nem para visitar parentes quando pegou um voo de São Paulo para Pato Branco, no sudoeste do Paraná. O destino era uma clínica de cirurgia plástica, onde faria uma rinoplastia.

A decisão surpreende no contexto atual do mercado. Para ele, a escolha passou longe do critério que qualidade se encontra somente em grandes centros. "Escolhi pelo atendimento e pela confiança. Vi o resultado em amigas que fizeram a cirurgia lá e não pensei duas vezes."

O caso de Vitor não é isolado. Um movimento crescente de pacientes está migrando das capitais para cidades menores em busca de procedimentos estéticos. A motivação vai além da técnica ou do preço: acolhimento, discrição e atendimento humanizado estão no topo das prioridades.

O cirurgião plástico Vinicius Julio Camargo, que atende em Pato Branco, confirma essa tendência. Ele diz que não é algo pontual. Existe realmente um número cada vez maior de pessoas vindo de outras cidades e que costumam ser muito criteriosas em suas. "Nos últimos anos, cada vez mais pacientes têm cruzado fronteiras em busca de cuidados individualizados e seguros, movidos por algo que vai além da técnica: a busca por uma experiência acolhedora e que atenda às suas expectativas."

"São pacientes bem informadas, que pesquisam muito antes de decidir. Geralmente, valorizam a excelência técnica, mas também buscam segurança, cuidado no pós-operatório e uma experiência mais personalizada. Muitos já pesquisaram bastante antes de tomar a decisão. Fico lisonjeado quando escolhem a nossa clínica, porque percebem o quanto nos empenhamos em oferecer mais do que uma cirurgia: oferecemos uma jornada repleta de atenção e cuidados.", afirma.

Esse foi um dos diferenciais que Vitor destacou no recebido. "Desde o início até seis meses depois da cirurgia, a equipe estava sempre em contato. A fisioterapeuta me ligava para acompanhar o inchaço, a enfermeira tinha um canal direto com o médico 24 horas para tirar dúvidas ou acalmar qualquer angústia. Era tanta gente cuidando. Me senti muito amparado."

Dr. Vinicius acredita que a maior diferença está no tempo dedicado a cada etapa. "Aqui, o paciente não é atendido por uma equipe rotativa e impessoal. Eu acompanho todo o processo, desde o primeiro contato até a recuperação final. O planejamento cirúrgico é feito com extremo cuidado, sempre respeitando limites de segurança e evitando combinações arriscadas."

Ele afirma que utiliza ferramentas digitais que facilitam o acompanhamento à distância, evitando deslocamentos e proporcionando conveniência. "Criamos um ambiente em que o paciente se sente cuidado, não apenas operado. Eles valorizam exatamente isso: o que é tradicional, mas que pode estar se perdendo nas grandes estruturas. O cuidado artesanal, o olhar atento, a escuta. A percepção de não estarem em uma linha de produção de cirurgias proporciona maior tranquilidade."

"Faço questão de investir em tecnologias para as cirurgias e utilizamos recursos digitais para o acompanhamento e integração de dados, o que traz mais precisão e eficiência. Ou seja, aliamos o que há de mais avançado com um cuidado próximo, acessível e eficaz. A paciente percebe desde o primeiro contato que há uma estrutura sólida, organizada e humana por trás de cada detalhe, e isso gera confiança, porque ela sabe que estará sempre amparada", diz Vinicius.

O relato de Vitor reforça essa visão. "Fizemos uma consulta online, alinhamos tudo com antecedência. Quando cheguei para a cirurgia, já estava tudo definido."

Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil realizou mais de 2 milhões de cirurgias plásticas em 2024, mantendo a liderança mundial no setor. Não há dados oficiais sobre a migração das capitais para o interior, mas relatos como o de Vitor indicam que o movimento ganha força, impulsionado por pacientes que priorizam atendimento discreto, humanizado e empático.

Vitor reforça a ideia. "Existem médicos famosos, com milhares de seguidores nas redes sociais, que expõem detalhes das cirurgias e das vidas dos pacientes. Eu queria algo diferente. Não queria exposição, só um trabalho sério. Por isso optei pelo atendimento e pela confiança, não pela fama."

Na contramão da lógica que associa prestígio à metrópole, Dr. Vinicius acredita que o interior oferece maior acolhimento em todo o atendimento. "Humanizar é mais do que ser gentil. É cuidar com consciência, presença e responsabilidade. É entender que, para cada paciente, há um momento de vida, uma história e uma expectativa única. E para isso, é preciso uma equipe sensível, treinada não só tecnicamente, mas emocionalmente. A técnica é fundamental, mas o relacionamento de confiança é o que realmente agrega e traz bons resultados."

Pato Branco, no sudoeste do Paraná, também se consolida como polo de cirurgia plástica de alta qualidade, com profissionais que apostam não só na técnica, mas também na confiança.

"Prestígio não está relacionado somente ao local onde atua, mas sim à entrega. Trabalhar no interior nos dá a chance de criar uma medicina mais próxima, mais requintada e com resultados de excelência. Quando se tem compromisso com qualidade, ética e cuidado real com o paciente, o reconhecimento vem, independentemente da localização. O que construímos aqui atrai quem valoriza qualidade, discrição e verdade no cuidado, e isso proporciona, evidentemente, uma grande realização profissional", conclui o cirurgião plástico.


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
THAISE VANESSA GUIDINI
[email protected]


Notícias Relacionadas »