Tecnologia a favor do planeta: Unit desenvolve inovações que unem ciência e sustentabilidade

No Dia Mundial do Meio Ambiente, instituição reforça seu papel no desenvolvimento de soluções como biocombustíveis, cosméticos naturais e tratamento ambiental, com foco em ESG e ODS

JULIA VICENTE
11/06/2025 18h30 - Atualizado há 1 dia

Tecnologia a favor do planeta: Unit desenvolve inovações que unem ciência e sustentabilidade
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Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Universidade Tiradentes (Unit), reconhecida pelo seu ecossistema de ensino e pesquisa no Nordeste, reforça seu protagonismo por desenvolver tecnologias voltadas à transição energética e ao uso sustentável dos recursos naturais. Com mais de 100 patentes registradas, a instituição alia ciência, inovação e sustentabilidade para impulsionar soluções que geram impacto econômico e respondem aos desafios ambientais da atualidade. 

“Mais do que formar profissionais, a universidade tem a missão de gerar conhecimento com valor social, ambiental e econômico. Nossas patentes refletem esse compromisso com a construção de um futuro sustentável”, afirma o reitor e CEO da Unit, Jouberto Uchôa Júnior. 

Patentes - A Unit tem se consolidado como referência em inovação sustentável ao desenvolver patentes via Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). As tecnologias incluem biocombustíveis, biolubrificantes, cosméticos naturais e sistemas de tratamento ambiental, todas com foco na transição energética, na valorização da biodiversidade e no reaproveitamento de resíduos. As iniciativas reforçam o compromisso da Universidade com o desenvolvimento de soluções alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à economia de baixo carbono. Dentre as tecnologias desenvolvidas em seus laboratórios que proporcionam relevância ao cenário da economia verde, destacam-se:  

  •  Produção de biodiesel e bio-óleo com fluidos pressurizados: essa tecnologia ambientalmente limpa permite extrair óleo de oleaginosas sem uso de solventes orgânicos, otimizando o aproveitamento da matéria-prima e gerando menos resíduos. Pode ser adotada por cooperativas e agroindústrias interessadas em energias renováveis e biocombustíveis, contribuindo para o avanço do SAF (Combustível Sustentável de Aviação). 

  • Biolubrificante a partir do óleo de moringa: desenvolvido com base em um processo de esterificação enzimática, este lubrificante vegetal é biodegradável e livre de derivados fósseis. Tem aplicações industriais e agrícolas e pode substituir lubrificantes convencionais em motores e maquinário, reduzindo a pegada ambiental do setor logístico e agrícola. 

  • Óxido de grafeno a partir de biocarvão de semente de uva: inovação que transforma resíduos agrícolas em materiais de alta tecnologia, utilizados em baterias, sensores e componentes eletrônicos. Reduz custos de produção e impacto ambiental na cadeia da eletrônica, além de fomentar a bioeconomia no campo. 

  • Chá medicinal de cambuí com ação contra bactérias multirresistentes: o extrato da espécie nativa foi obtido com tecnologia limpa e pode integrar o mercado de fitoterápicos e cosméticos naturais. Gera valor à biodiversidade brasileira e incentiva a preservação da flora nativa com aplicação na saúde pública e farmacêutica. 

  • Membrana polimérica de barbatimão para tratamento de feridas: aproveita o potencial cicatrizante de uma planta do bioma brasileiro para uso em biomateriais com alto valor agregado. A tecnologia promove a regeneração da pele e pode reduzir o uso de curativos sintéticos não biodegradáveis, com aplicação no SUS e no mercado privado. 

Além dessas inovações, a Unit conduz o projeto de produção de biocombustível a partir da biomassa do coco verde, em Aracaju. A cidade descarta cerca de 190 toneladas semanais do resíduo, e a pesquisa transforma esse passivo ambiental em bio-óleo e biocarvão com aplicação em energia renovável. O projeto já envolve mais de 30 graduandos, mestrandos, doutorandos e pesquisadores em sua execução. “Essas tecnologias refletem o papel estratégico da ciência aplicada na transformação de problemas ambientais em oportunidades econômicas sustentáveis”, reforça o reitor. 


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JULIA ELIZA VICENTE DA SILVA
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