‘ERA ESG’ : 5 dicas sobre leis de incentivo para fortalecer a sua empresa

Especialista analisa como os investimentos em cultura e educação reforçam a imagem, o posicionamento e a relevância social de corporações. A Era ESG já abarca 71% das empresas brasileiras, revela o estudo "Panorama ESG 2024"

PEDRO HAMAZAKI SOUSA
09/06/2025 13h12 - Atualizado há 7 horas

‘ERA ESG’ : 5 dicas sobre leis de incentivo para fortalecer a sua empresa
Divulgação

São Paulo, junho de 2025 – À medida que o Brasil se prepara para sediar a COP30, as discussões em torno da sustentabilidade e da responsabilidade corporativa ganham força. Nesse cenário, cresce também o interesse das empresas por práticas alinhadas ao conceito ESG — sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança — como forma de gerar valor para a sociedade e reputação para suas marcas. Uma das ferramentas que vem ganhando protagonismo nesse processo são as leis de incentivo fiscal. 

Segundo a pesquisa Panorama ESG 2024, realizada pela Amcham Brasil, 71% das empresas brasileiras já adotaram ou estão em processo de implementação de ações voltadas à sustentabilidade — um crescimento de 24 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Na avaliação de especialistas da Muda Cultural, empresa especializada na criação de estratégias, gestão e mediação de incentivos fiscais e realização de projetos, o uso estratégico das leis de incentivo pode ser uma forma eficaz de aproximar as empresas de territórios vulneráveis, contribuir para transformações reais e reforçar a identidade institucional perante públicos diversos.

Conheça, então,  cinco pontos  importantes da imagem e do posicionamento corporativo em tempos de ESG:

1. Coerência entre discurso e prática

Para o jornalista e gestor cultural Ítalo Azevedo, sócio-fundador da Muda Cultural, as leis de incentivo representam uma ponte entre o setor privado e o impacto social. “Mais do que uma agenda ética ou reputacional, ESG é uma estrutura de ação”, afirma. “Quando bem utilizadas, as leis permitem que as empresas materializem seus compromissos, saindo do discurso e entrando no campo da entrega.”

Por meio de projetos voltados à cultura, educação, saúde, esporte e sustentabilidade, é possível direcionar recursos para iniciativas com indicadores concretos de impacto, fortalecendo a coerência institucional.

2. Reputação construída com base em dados

Projetos incentivados possuem metas, públicos e indicadores definidos. Isso permite que as empresas apresentem resultados claros: onde atuaram, quem foi beneficiado e quais os efeitos da iniciativa.

“Essa transparência fortalece a confiança de consumidores, parceiros e acionistas, e contribui para a composição de relatórios de sustentabilidade, agregando valor à reputação corporativa”, explica Ítalo.

3. Relevância nos territórios certos

Ao contrário de ações centralizadas ou distantes da realidade social, as leis de incentivo permitem que a atuação da empresa esteja presente em territórios estratégicos — muitas vezes negligenciados por outras políticas públicas.

Um exemplo é o projeto Aprendizes – Digital, realizado pela Muda Cultural por meio do ProAC ICMS e apoio de empresas como Desktop, Rohr e Adere. A iniciativa oferece oficinas de tecnologia e artes para crianças e jovens em regiões periféricas de Sumaré, no interior de São Paulo, promovendo inclusão digital, criatividade e pensamento crítico.

“Investir nesse tipo de projeto é estar onde as transformações acontecem e, mais do que isso, onde elas são mais urgentes”, afirma Ítalo Azevedo, sócio-diretor da Muda.

4. Visibilidade qualificada e legítima

Ao contrário de ações publicitárias convencionais, o apoio a projetos incentivados gera visibilidade espontânea e de alto valor simbólico. Esses projetos costumam ser destaque em veículos jornalísticos,  ações em comunidades e redes sociais.

Um exemplo é o festival Artistas de Rua, também realizado pela Muda Cultural e viabilizado pela Lei Rouanet e pelo Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (PROMAC). A iniciativa promove apresentações musicais gratuitas em espaços públicos da capital paulista, reunindo diversidade cultural e engajamento comunitário.

Nesse contexto, as empresas apoiadoras são percebidas como parceiras do desenvolvimento social, e não apenas como marcas expositoras.

5. Engajamento interno e cultura organizacional

Funcionários tendem a se engajar mais com a empresa quando percebem que ela contribui para causas significativas. Parceiros e fornecedores também se aproximam com mais confiança.

“Quando o investimento é bem conduzido, ele fortalece não só a imagem da empresa, mas também seu vínculo com a própria equipe, reforçando a cultura organizacional”, diz Ítalo.

Para o especialista da Muda Cultural, o uso das leis de incentivo pode ser um caminho potente não apenas para financiar projetos, mas para gerar debates relevantes, inspirar novas formas de atuação e qualificar a presença das empresas na sociedade.

“Criar pontes entre o setor público, a iniciativa privada e a sociedade civil exige mais do que técnica. Exige escuta, contexto e visão estratégica. E é esse olhar que buscamos compartilhar”, conclui Azevedo.

Sobre a Muda Cultural

Há 18 anos, a Muda Cultural realiza iniciativas de transformação e impacto social. Com ações culturais, educacionais e sustentáveis, a organização desenvolve e viabiliza projetos que promovem inclusão digital, educação financeira, capacitação, geração de renda e democratização do acesso à arte, à cultura e ao conhecimento. Por meio de leis de incentivo e verba direta, atua em parceria com empresas e instituições que desejam investir em territórios alinhados ao universo ESG, fortalecendo iniciativas de impacto e contribuindo para a qualificação da experiência de vida das pessoas.


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