Como falar com crianças e adolescentes sobre crise climática e educação ambiental?

Especialista explica como abordar o tema sem gerar ansiedade e como preparar as próximas gerações para um futuro mais sustentável

MARINA BITENCOURT
06/06/2025 11h35 - Atualizado há 3 semanas

Como falar com crianças e adolescentes sobre crise climática e educação ambiental?
Educação ambiental no Colégio Marista Rosário - Foto divulgação

Em um mundo onde as mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, educar crianças e adolescentes sobre questões ambientais é fundamental. O Dia Mundial do Meio Ambiente e o Dia Nacional da Ecologia, celebrados em 5 de junho, reforçam a importância de preparar as novas gerações para compreender os impactos ambientais e agir de forma consciente. Mas como abordar esses temas sem gerar medo ou ansiedade? Como transformar conhecimento em ação?

Segundo Diego Brandão, professor de Geografia do Colégio Marista Rosário e observador do clima pelo Marista Observatório do Clima, a melhor forma de ensinar sobre a crise climática é aproximando o assunto da realidade dos jovens. “A criança observa o mundo ao seu redor e, a partir disso, consegue entender as mudanças climáticas como um decifrador do que está acontecendo”, explica. Ele sugere que pais e professores usem exemplos concretos, como ondas de calor, enchentes ou deslizamentos de terra, incentivando a curiosidade e a investigação.

A crise climática já mostra seus efeitos no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, que sofreu com eventos extremos como a enchente histórica de 2024. Brandão destaca que esses fenômenos estão ligados ao desequilíbrio dos sistemas naturais. “O planeta operava em certa harmonia, mas a mudança climática desorganiza e intensifica elementos como o vento, o ar e a água, provocando impactos inesperados”, afirma. Ele reforça que eventos como as ondas de calor de 2025 e os desastres climáticos recentes são reflexos desse desequilíbrio.

Diante desse cenário, ensinar sobre mudanças climáticas vai além de informar — é uma forma de preparar crianças e adolescentes para um futuro em que essas questões serão cada vez mais presentes. Algumas estratégias para abordar o tema incluem:

  • Relacionar com o cotidiano: explicar mudanças no clima utilizando exemplos locais, como variações de temperatura ou impactos ambientais na região.
  • Criar conexão emocional: mostrar como as mudanças climáticas afetam comunidades vulneráveis e incentivar a empatia pelas populações afetadas.
  • Evitar tom alarmista: em vez de gerar medo, apresentar soluções e estimular o pensamento crítico sobre ações sustentáveis.
  • Usar materiais práticos: experimentações, gráficos simples e atividades interativas ajudam a visualizar como o clima está mudando.
  • Estimular o engajamento: criar projetos ambientais na escola e incentivar pequenas ações no dia a dia, como reciclagem e consumo consciente.

Brandão reforça que a crise climática precisa ser discutida de maneira construtiva. “Precisamos transformar preocupação em ação, mostrando que pequenas atitudes fazem diferença na construção de um mundo mais sustentável”, diz.

A educação ambiental não apenas informa, mas prepara crianças e adolescentes para serem agentes de transformação. Pais, professores e responsáveis desempenham um papel essencial nesse processo, guiando os jovens para um futuro no qual a consciência climática será indispensável para a preservação do planeta.

Sobre o Marista Brasil: O Colégio Marista Rosário integra o Marista Brasil, uma rede de colégios e escolas presente em 20 estados brasileiros e no Distrito Federal, atendendo mais de 99 mil crianças, jovens e adultos em 96 unidades de ensino. Os estudantes recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica alinhada aos desafios contemporâneos. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em: maristabrasil.org/.


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