O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é mais do que um lembrete sobre a urgência climática. É também uma oportunidade para repensar a forma como as organizações operam, se relacionam com a natureza e desenvolvem suas lideranças. Em meio a tantas transformações sociais, ambientais e corporativas, ganha força um novo perfil de líder: aquele que cuida das pessoas e do planeta ao mesmo tempo.
“A liderança regenerativa nasce da compreensão de que não há separação entre saúde humana e saúde do ecossistema. Liderar, hoje, é regenerar, restaurar conexões, processos, culturas e também o meio ambiente. Empresas que adotam esse modelo constroem ambientes mais saudáveis, inovadores e alinhados aos desafios do nosso tempo”, explica Edith Cardoso, CEO da Arhea51 e especialista em desenvolvimento humano e liderança regenerativa.
Ao contrário de modelos tradicionais baseados apenas em metas e produtividade, a liderança regenerativa propõe uma visão mais ampla e profunda, que une empatia, ética, impacto positivo e responsabilidade socioambiental. O líder regenerativo entende que seus resultados estão diretamente ligados à qualidade das relações humanas e à integridade do planeta.
“A regeneração exige um novo olhar. Não basta reduzir danos — é preciso restaurar. Isso vale tanto para a forma como lideramos pessoas quanto para como usamos os recursos naturais. É uma liderança com consciência ampliada, que pensa no coletivo e nas futuras gerações”, aponta Edith.
A adoção de práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG) por empresas brasileiras avançou no último ano. Segundo um levantamento da Amcham Brasil, 71% das empresas implementaram ou iniciaram ações de boas práticas. O estudo anual "Panorama ESG 2024" ouviu executivos de 687 empresas e indicou um aumento de 24 pontos percentuais na curva de adoção de práticas de ESG em relação ao mesmo levantamento em 2023.
Os principais motivadores para 78% das empresas são os compromissos ambiental e social, enquanto 77% querem melhorar a imagem corporativa.
Neste 5 de junho, mais do que plantar árvores ou reduzir o uso de copos plásticos, o verdadeiro convite às empresas é: que tipo de liderança estamos cultivando? Para Edith, o futuro das organizações depende da capacidade de formar líderes com visão sistêmica, inteligência emocional e responsabilidade ecológica.
“Cuidar das pessoas e do planeta não é discurso bonito — é uma necessidade urgente. Quando líderes desenvolvem essa consciência, as decisões passam a ser mais éticas, os relacionamentos mais humanos e os impactos mais duradouros. É assim que construímos empresas realmente preparadas para o futuro.”
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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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