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Em 5 de junho é celebrado o
Dia Mundial do Meio Ambiente, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, com o objetivo de promover a conscientização global e a ação em prol da preservação ambiental.
A temática tem ganhado relevância, especialmente por conta dos eventos climáticos extremos que acometeram diversas regiões do planeta. O mundo, segundo especialistas, está em ebulição por conta do aquecimento global. De acordo com o
Clima Tempo, empresa de meteorologia, entre março de 2024 e fevereiro de 2025, a temperatura global média esteve
0,71ºC acima dos parâmetros normais em climatológica e
1,59ºC maior que nos níveis pré-industriais. Esse valor se aproxima do recorde absoluto em termos de alta temperatura registrado entre junho e agosto do mesmo ano.
Mas como estudar sobre o assunto para o vestibular? Com intuito de auxiliar os estudantes neste desafio,
professores e especialistas compartilharam dicas essenciais. Confira:
1 – Esteja atento aos acontecimentos climáticos recentes A professora de Geografia da unidade de Alphaville da
Start Anglo Bilingual School, Luana de Almeida Pires Bezerra, reforça que o Dia Mundial do Meio Ambiente representa um momento propício para refletir sobre as questões econômicas, políticas e ecológicas da atualidade e se preparar para o vestibular, que cobra temas de atualidades. “Neste contexto, as provas podem abordar desde gráficos sobre gases do efeito estufa até questões sobre acordos internacionais e exploração de petróleo, exigindo do estudante uma leitura crítica do presente e uma visão ampla acerca das soluções possíveis”, comenta.
2 - Conheça o assunto a fundo Neste sentido, para a autora de biologia do
Sistema de Ensino pH, Heloisa Agudo, é crucial que os candidatos abordem as questões ambientais com profundidade para performar bem na prova. Segundo ela, os estudantes devem compreender os fundamentos do clima e do meio ambiente. “Conhecer os princípios que regem o clima, os biomas e os impactos ambientais permitem entender as causas e consequências dos processos ambientais e interpretar criticamente notícias e dados científicos”, explica.
3 – Faça redações com propostas de intervenção ligados ao tema Já
Giovanna Vecchi Danti, auxiliar pedagógica da
Plataforma Redação Nota 1000, alerta que temas ambientais são recorrentes em redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e dos concorridos vestibulares da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) e da Universidade de Campinas (Unicamp). “No Enem, é importante pensar em propostas de intervenção ligadas a problemas como queimadas e poluição. Já a Fuvest costuma exigir uma abordagem mais reflexiva sobre a temática, enquanto a Unicamp solicita uma posição diante de situações ambientais específicas”, observa.
4 – Compreenda as políticas ambientais Segundo
Diego Moreira, autor de Geografia do
Fibonacci Sistema de Ensino, os estudantes devem estar atentos a temas como aquecimento global, desmatamento na Amazônia e no Cerrado, matriz energética e transição para fontes renováveis — tópicos em evidência devido à realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30) no Brasil. “Compreender políticas ambientais, eventos extremos como secas e enchentes, e analisar dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) são fundamentais para construir uma argumentação crítica nos exames”, pontua.
5 – Verifique conexões entre meio ambiente e contextos sociais Do ponto de vista da Química, a
professora Patrícia Andrade da Silva, do
Colégio Rio Branco, ressalta que temas ambientais são frequentes nos vestibulares há mais de uma década. “As questões costumam exigir conexões entre meio ambiente e contextos sociais, econômicos e científicos. Em 2025, a Fuvest abordou mudanças climáticas e a Unicamp explorou biomas, pesca de tubarões e sustentabilidade”, comenta.
Entre os temas mais recorrentes, estão: desmatamento, crise hídrica, poluição, energia, agrotóxicos, urbanização e gestão de resíduos sólidos. “A Educação Ambiental forma cidadãos mais críticos e conscientes, capazes de enfrentar os desafios do século XXI”, afirma.
6 – Meio ambiente e os impactos do clima no globo são temas que envolvem diversas disciplinas Por sua vez,
Paula Orsi, supervisora de Ciências da Natureza da
rede Anglo Alante, reforça a importância da abordagem interdisciplinar. “Biologia, Geografia e Química são frequentemente integradas em questões sobre sustentabilidade, poluição, energias renováveis e química verde. A Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) também aparecem, exigindo do aluno uma leitura atualizada do mundo”, destaca. Para ela, o segredo é ir além da teoria: “Interpretar dados, acompanhar atualidades e refletir sobre o papel humano na preservação ambiental são estratégias fundamentais para um bom desempenho”, complementa.
7 – Essa é uma temática fundamental para formação crítica e cidadã Em um momento em que os efeitos das mudanças climáticas se intensificam e a “ebulição global” deixa de ser uma previsão distante e se torna realidade o
Dia Mundial do Meio Ambiente assume um papel fundamental na formação crítica e cidadã dos jovens. Nesse contexto, os vestibulares atuam como um reflexo das demandas sociais contemporâneas, exigindo dos estudantes não apenas conhecimento teórico, mas também capacidade de análise, argumentação e responsabilidade socioambiental.
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GABRIELA CANAVEIRA MONTEIRO
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