A Prefeitura de São Paulo tem intensificado o diálogo com os moradores do Jardim Pantanal, na Zona Leste, como parte do plano de recuperação ambiental e reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco. As ações incluem reuniões na Subprefeitura de São Miguel, audiências públicas, encontros com equipes da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) e a criação de plantões sociais em pontos estratégicos do território.
Durante os encontros, técnicos das secretarias envolvidas apresentam estudos sobre a situação da área e alternativas habitacionais para as famílias afetadas. A Prefeitura também iniciou uma escuta individualizada para esclarecer dúvidas e encaminhar demandas específicas dos moradores, com o objetivo de garantir um atendimento transparente e humanizado.
O plano de ações será executado em três fases, com início em julho deste ano e previsão de conclusão até dezembro de 2029. Na primeira etapa, serão removidas mil residências em áreas de alto risco de alagamento, com a construção de uma barreira de mais de 4 km para impedir novas ocupações. As próximas fases preveem a remoção de mais 3.344 imóveis, totalizando um investimento estimado em R$ 700 milhões.
Também a partir de julho, a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) iniciará obras de microdrenagem e pavimentação na região do Jardim São Martinho. Serão construídos 9 km de galerias de drenagem e 10,4 km de novas vias asfaltadas, abrangendo uma área de 83 mil m². O investimento nessa etapa é de R$ 59,8 milhões.
A barreira que será implantada para proteger as áreas desocupadas será feita com gabiões e terá extensão de 4.170 metros, passando por bairros como Jardim São Martinho, Vila Seabra e Terra Prometida. A iniciativa visa não apenas mitigar os impactos das enchentes, mas também preservar a área de várzea do rio Tietê, degradada ao longo das últimas décadas.